Page 7 - Revista Mundo História
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Agora que você sabe um pouquinho de como era o imaginário do começo das viagens,
continuemos a navegar.
Além das navegações ultramarinas, outros movimentos revisionistas da realidade
efervesciam a Europa nesse contexto. Denominado Renascimento, esse processo fomentou as
formas de se pensar o papel do homem, o mundo e o conhecimento como revolucionário.
Você deve imaginar o quão estimulador foi para os países que tinham a experiência marítima
poder aperfeiçoar suas técnicas navais e assim poder sistematizar em ciência os seus saberes.
A curiosidade sobre os novos horizontes possíveis foi quem guiou os portugueses durante os
Descobrimentos. (MARTINS, 1998, p.184)
O projeto de expansão, assim, virou uma política de Estado no início do século XV e
XVI. Perceba que os objetivos tradicionais de exploração e comércio obviamente são
característicos, mas é fundamental destacar que havia também um tipo de novo “projeto de
cruzada” - como diria o escritor Luis Filipe Ferreira Reis Thomaz - com intenções de
combater os muçulmanos que estavam no território da Península Ibérica, e também converter
todos aqueles que não eram cristãos. A Coroa portuguesa sofria pressões tanto de setores da
burguesia (que almejavam expandir seus projetos comerciais) quanto dos militares (que
queriam continuar as conquistas em nome da cristandade).
Portugal foi um dos principais países na expansão ultramarina, considerado por muitos
historiadores o pioneiro na questão. Ele conseguiu se manter forte consolidando um império-
rede na costa da África, onde tinha grande influência, e fazendo expedições significativas para
o desenvolvimento dessa nova trajetória da humanidade.
Enfim, leitor, imagino que este pequeno parecer que foi dado a você sobre este período
tenha feito você esclarecer algumas duvidas, porém suscitar muitas outras, e isso é ótimo!
Sabe por quê? Nossa intenção é mesmo fazer o público jovem (e qualquer outro que se
dispor) ter interesse em períodos e sociedades do passado, para que compreendamos nossa
trajetória até o presente. Espero que você curta o restante da nossa revista. Boa leitura!
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