Page 47 - Veranigmas
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– Está enganado, caro amigo – disse Agatha rindo – desse jeito
nunca vai virar um grande detetive.
– Se não foi ela quem foi? – perguntei intrigado.
– Não posso confirmar ainda – ela disse – espere até eu dar
minha conclusão amanhã, preciso voltar ao navio e dar a última
procurada. Boa noite Biles...
O dia amanheceu ensolarado, fui acordado por Agatha, que dizia
ter encontrado provas que podiam comprovar sua hipótese.
– Anotei tudo em minha agenda. Vamos começar pela arma.
Aquele copo com veneno: sim, era estricnina. Fiz uma datiloscopia e
descobri que o copo estava com as digitais da cozinheira e da noiva. E
pensei, “será que Emma estava mentindo?” depois observei os dois
copos, o de Marcus e o de Sarah: O de Marcus, uma bela taça de cristal,
e o de Sarah era um simples e pequeno copo de vidro. Porque isso?
Eram ricos... depois observei o copo dos empregados, eram iguaizinhos
ao que estava no criado mudo da noiva.
– Eu disse!! A cozinheira é a verdadeira culpada! – eu gritei.
– Mas porque daria a noiva o veneno no seu próprio copo, ao
invés de dar na bela taça de cristal da noiva e sem deixar nenhuma
pista? – disse Agatha convencida – Vou continuar, como eu estava
dizendo, acrescentei na minha lista de suspeitos... A noiva. E para a
minha surpresa encontrei isso debaixo da cama,
Dear Emma,
Me desculpa, mas por sua culpa
você vai morrer. Tem gente que
morre de ciúmes...
Xoxo, Mrs. Harris
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