Page 11 - Revista Patrimônio
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Idealizada     e    construída      pelo     Comendador
          Bernardino José de Souza Mello a partir do ano de 1862,
          só  veio  a  ser  concluída  no  ano  de  1875,  segundo  data
          que até há poucos anos se via em sua fachada, além do
          monograma  BJSM,  alusivo  ao  seu  fundador.  Foi
          edificada  na  nova  área  surgida  a  partir  da  junção  de
          duas propriedades:
               "Em 1861, a 13 de outubro, a firma Soares & Mello,
          como  cessionária  da  viúva  Moreira,  de  Luiz  Manoel
          Bastos, José Joaquim Gonçalves, Manoel José Ferreira,
          Manoel de Moura Alves e Barão de Guandu (credores de
          José  Frutuoso  Rangel,  inventariante  de  sua  mulher
          Antonia  de  Moura  Rangel),  adquire  terras  do  citado
          inventariante, após o pagamento das dívidas do casal.”
               Tratava-se  de  um  "sítio"  de  florestas,  em  terras
          próprias,  com  trezentas  e  oitenta  e  sete  braças  e  sete
          palmos  de  testada  e  fundos,  um  quarto  de  légua,  mais
          ou  menos,  com  todas  as  benfeitorias  e  onze  escravos
          (pelo valor de três contos de réis).  Tudo registrado no
          cartório  do  tabelião  José  Manoel  Caetano  dos  Santos
          (processo nº 2.252, existente no Cartório do 1º Ofício de
          Nova Iguaçu).
               O  sítio  de  floresta,  com  benfeitorias  e  escravos  é
          posteriormente comprado por Bernardino José de Souza
          e Mello, por dois contos de réis.
               A 3 de junho de 1862, Bernardino José de Souza e
          Mello adquire o "sítio Bananal", que era de propriedade
          de    Francisco  de  Paula  e  Silva  e  sua  mulher  -  Maria
          Maciel Rangel da Silva.
               Esse  sítio  media  434  braças  de  testada  e  603  de
          fundos, confrontando-se ao norte, com José Gonçalves
          Bastos;  aos  sul,  com  José  Frutuoso  Rangel;  fundos,
          com  os  herdeiros  do  capitão  Joaquim  Mariano  de
          Moura;  frente,  com  Fortunato  José  Pereira.    O  objeto
          desta  compra  estava  hipotecado  a  Francisco  José
          Soares  e  Luisa  Joaquina  da  Costa  Neves  "que  abriram
          mão da hipoteca em favor de Bernardino José de Souza
          e Mello".
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