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Enquanto a musa rejubilava de divina
graça, Convoquei a paixão.
Bailando entre vitrais de infinito, Em todas as vigílias clamei,
Pelas mesmas me perdi!
Qual mensageira de ferinas tardes
Em desafios da Razão, Foragidos, dementes, mendigos, somente!
A música repousava no ocaso, A musa rejubilou
Acalentando sábios foragidos, Foi embora.
A reclamar coragem Meus olhos cativos no peito das andorinhas
Às douradas hastes Vos dedico,
Dos pinheiros mansos. Assim, errantes,
Minhas mãos de sacrifício vivo, Loucos em movimento constante,
Derramam lágrimas E só depois desfaleço,
Em rostos de soberba, ainda, Já rendida,
E em negras vestes de morcego, E vos oferto a inflamada voz,
Se esvaem, Resistente quanto a inevitável morte,
Até sucumbir à atormentada náusea… Num rasgo de luz poente,
… e procuro, rebusco, remexo, revolvo Entre bebedeiras de açucenas e sangue de
A seiva aflita de mais um grito! mim.
Ai,
Meus desencontros tende piedade de
mim!
Onde terão colocado meu cálice de
unguento?