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LA FOLIE
Oui, c’est la folie! Ai minha mãe,
Escancarada perante mim, Que pressinto toda a Dor do infinito,
Plena como papoila de sangue num Tem piedade de mim!
deserto!
Vem de novo,
Vou na poesia das pombas brancas, Como se me voltasses a dar à luz
Imaculadamente puras E vela meu ser
Numa velha canção de embalar Na cabeceira de todos os sentidos.
Minha agonia a estrebuchar quimeras… A filha que ganhaste,
…sempre a sorrir, sempre a rebentar, E que a Lei do mundo inteiro arrebatou,
Vou como vaga deste mar, E tão cruelmente te tirou!
Companheiro de todas as alvoradas.
Adormece somente junto a mim.
Oui, c’est la folie!
C’est la folie!
Ai dores de parto que não sei!
Ai angústia de arcanjo esquecido
Em arrepios de seda!
