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AS FACAS
… Até que um dia
Hei-de regressar a mim, Todos os silêncios são lanças afiadas
Ao altar das rosas brancas Cravadas no meu Ser,
Todas as ferozes vagas
Onde beijei todas as quimeras já findas.
Permanecem facas.
Às suculentas maçãs inauguradas
Facas com que eu cortei amarras de um navio
Quais virgens pelas manhãs…
… às infinitas colinas rebolando ânsias imenso…
Pelas minhas mãos tão aflitas. … que permanecerão comigo quando eu tiver
melancias para retalhar…
… Até que um dia … quando enfim chegar o tempo do meu
Hei-de finalmente regressar desta contentamento.
guerra… Quiçá no verão de todo o meu esquecimento.
Minha Mãe,
Destas farpas que me lançam,
Da tua própria faca em riste sobre mim.
Qual jangada de madeira à deriva
Em alto mar
Vestir-me-ei de azul, castanho,
Tormento e quiçá flores…
Sei que hei-de regressar a terra firme
E a mim.