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ALQUIMIA DO FADO
Que me escorregassem dos olhos, num simples tom apurado,
As pombas, Cadência em gargantas roucas
Quando te grito o desespero De viçosos lábios,
Das sombrias alvoradas, Quais rebentos Imperiais,
Sem odor algum! Ou discretos manjericos,
Ofertando vénias ao sustentáculo do claustro,
Que fossem de jasmim,
Feito sal.
Estes poemas,
E minha voz Que me escorregassem dos olhos,
Tua ausência, Todas as pombas,
Perante a meditativa guitarra ao canto Ausências de brocado
da sala. Singularmente em Junho,
A transbordar quimeras!
Que se derramassem desta exilada
alma em cascata,
Todas as lágrimas,
Soando trinados,
Quais finados,
E me elevassem à embriaguez dos
silêncios devastados,
Pela faustosa, exímia voz vadia,
Destino somente, doces cerejas
Cuja criação quisera eu, sorridente…