Page 51 - Apresentação do PowerPoint
P. 51
O TEU BANDOLIM
Lá longe, meu amor Tuas mãos inquietas, indecisas de menino,
Bem longe, Homem que és.
Os barcos ainda partem do cais.
Sinto saudade meu amor Ai, esta loucura de estar viva!
Vem somente extasiar-me com um carinho,
Sinto saudade,
Ou mais um hino,
Das tuas mãos a acenar entre a nostalgia
do vento e o entardecer Enquanto os barcos ainda partirem do cais,
Meu amante de Outono, Inverno,
Das gaivotas em debandada
E do teu bandolim Inferno, Verão ou Primavera.
Trago na pele o odor de todas as
Que ressoava no silêncio da maresia
madrugadas,
Entre toda a imensidão inimaginável.
Da alfazema
Longe, meu amor Quando era menina,
Tão longe, Mas trago persistente o odor de ti e do
Sobrevive ainda meu corpo nu, bandolim
Teu fogo posto Em todas as maresias,
O elogio aos amantes. Trago na saudade a foz de um rio
Perpetuamente renascido em todas as negras
Sem saber quem és sorrio. tulipas, amado meu,
Sem saber quem sou te dás.
E esta loucura de estar viva,
Regressamos ao início. E saber que estás em mim.
A plenitude vem soberba junto a nós,
E tuas mãos permanecem em
Meus seios palpitantes de Primavera.