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O TEU BANDOLIM




                             Lá longe, meu amor                                                 Tuas mãos inquietas, indecisas de menino,

                             Bem longe,                                                         Homem que és.
                             Os barcos ainda partem do cais.

                             Sinto saudade meu amor                                             Ai, esta loucura de estar viva!
                                                                                                Vem somente extasiar-me com um carinho,
                             Sinto saudade,
                                                                                                Ou mais um hino,
                             Das tuas mãos a acenar entre a nostalgia
                             do vento e o entardecer                                            Enquanto os barcos ainda partirem do cais,
                                                                                                Meu amante de Outono, Inverno,
                             Das gaivotas em debandada

                             E do teu bandolim                                                  Inferno, Verão ou Primavera.
                                                                                                Trago na pele o odor de todas as
                             Que ressoava no silêncio da maresia
                                                                                                madrugadas,
                             Entre toda a imensidão inimaginável.
                                                                                                Da alfazema
                             Longe, meu amor                                                    Quando era menina,

                             Tão longe,                                                         Mas trago persistente o odor de ti e do

                             Sobrevive ainda meu corpo nu,                                      bandolim
                             Teu fogo posto                                                     Em todas as maresias,

                             O elogio aos amantes.                                              Trago na saudade a foz de um rio

                                                                                                Perpetuamente renascido em todas as negras
                             Sem saber quem és sorrio.                                          tulipas, amado meu,

                             Sem saber quem sou te dás.
                                                                                                E esta loucura de estar viva,

                             Regressamos ao início.                                             E saber que estás em mim.

                             A plenitude vem soberba junto a nós,

                             E tuas mãos permanecem em
                             Meus seios palpitantes de Primavera.
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