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O RISO DOS CRAVOS




                              Em que estrondo me desfaço e
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                              estilhaço,

                              Quando somente desejo as pétalas                            Ou amarguras
                              De todas as flores                                          De que campanários me desprendo ainda?

                              Dos teus canteiros                                          Ai ninfas dos meus sorrisos, flores pálidas do

                              Que já não tens,                                            meu regaço, ide!
                              Minha Mãe.
                                                                                          Ide entre estrondos e estilhaços de gritos breves,

                              Saberás tu Mãe que não te direi                             Ide saudar a Vida,
                              adeus!                                                      Minha adorada Mãe!

                              Que sempre hei-de permanecer no

                              teu Jardim.


                              Em que orgias de êxtase e de lamento

                              ouso gritar ainda,
                              Minha voz de inércia corrompida,

                              Minha última vénia

                              Às damas da utopia?


                              Ai, minha tremenda anarquia,

                              Meus jardins de estilete,
                              Para onde ides, tão longe?
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