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RETORNO
Somente pressinto sangue, seiva e suor
de mim, Na seiva, esta Vida interdita, Vida maluca, Vida
Minha Mãe de alento, meu vértice de magnífica
Que à margem da ribeira me contemplou.
Tempo.
Sou a peregrina do chão.
Do que fui, a ira de Deus principiou, Todas as pedras me beijaram.
Entre mariposas loucas beijando Baptizada nas águas do riacho, me
gargalhadas de mim, apadrinharam.
Em todos os estilhaçados cravos do
Ai, minha Mãe,
Jardim.
Minha Mãe de alento, vem de novo até mim,
No sangue vislumbro uma Paloma Por compaixão!
branca que findou, na súplica, Somente para brindarmos esta saudade,
Um breve Lilás que a raiva não tomou, Este sangue, esta seiva e suor de mim
E na minha loucura,
Um feixe de luz que o dia não incendiou.
Pressinto ainda o fado e a aurora negra
que a calma
Contratou.
Todos os pinheirais que o fogo deliciou.