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CORPO EM FÚRIA
Desleixei-me para ti, Somente vazio total na boca das víboras,
E parti! E escorpiões ousados,
Famintos!
Que desta vida abençoada,
É a maldição a sorrir-me descarada! Desleixei-me para ti,
Não te quero mais,
Ela que era quase tudo, Cruel madrasta!
Hoje é nada!
Desejo somente permanecer
Nunca te pertenci, ó Vida!
No paraíso dos sentidos,
Meus filhos que não tenho, Remexer nua, o corpo em fúria,
Jamais seriam de alguém! E mais nada
Ó vida descarada!
Dar-me-iam abraços, vénias,
Bateriam palmas de palavras e ilusão,
Vida doce, Vida amarga,
Que honra seus filhos
Com a desventura,
Te grito:
– Não és absolutamente nada!