Page 59 - Apresentação do PowerPoint
P. 59
MARIPOSAS LOUCAS
Não quero mais mariposas Nada me demove,
Em meu redor! Pouco me convence!
Trazem a falsidade do belo alvorecer. Dantes, era linda açucena entre cardos.
Hoje sou cardo, e não permito açucenas!
São da noite!
Sou da noite! Não as reconheço mais!
Não as sinto, em meu corpo nu!
Sim,
Sou, sem vergonha alguma! Nada quero, e tudo ambicionei!
Tudo me pertenceu, e nada tive!
Não desejo mais palavras de alguém!
Não me entendeis, pois não!?
São ocas…
… E alguém não existe! Charmar-me-eis de louca?
Somente a Dor e esta minha alma Talvez tenhais razão!
sempre a cantar Tende somente a dignidade de brandar, ou de
A solidão em tom maior ou em tom cuspir,
menor! No meu rosto de criança ainda,
Que pertenço decerto à Sra. D. Loucura,
Que me importa isso, dos tons!
Que por ela vivo,
Que se lixem os senhores dos tons! Que por ela sangro!
Eu sou eu, tal como sou!
E sou absolutamente feliz, quanto louca!