Page 24 - Cinemas de Lisboa
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Esta actividade, mais recente, do ex-“Animatógrafo do Rossio” está bem espelhado no excerto do artigo
                  que a seguir reproduzo, e que o encontrei no excelente blog “Citizen Grave” a cujo proprietário e autor,
                  infelizmente, já não me é possível agradecer, por ter falecido em Maio de 2013. Fica aqui a referência e
                  reconhecimento pelo seu excelente trabalho em prol da história cinema português, e não só, e ao qual
                  por vezes recorro.


                  “Os  Dias  do $exo” de João Dias Miguel na revista “Visão” de 6 de Dezembro de 1999:

                  «Paulo  Ladeira  não  quer falar de dinheiro. Começou neste ramo em  1990, findos  três anos entre a
                  Bélgica e a Holanda, países onde, garante, o nível de desenvolvimento deste negócio é muito superior.
                  «As mentalidades belga e holandesa estão mais aptas a aceitá-lo como o que é: um mero comércio»,
                  diz. O empresário regressou a Portugal para abrir o primeiro peep show lisboeta e ainda hoje é dos mais
                  frequentados da cidade. «Era até preciso explicar aos funcionários públicos o significado do termo sex
                  shop», afirma o «pai» da Sexylândia, que funciona no antigo Animatógrafo, ao Rossio. Foi um espaço
                  montado (e ainda funciona) com algum amadorismo: parte das  cabinas são transparentes, o que faz
                  com que, além do corpo da modelo, os clientes tenham de suportar também os esgares uns dos outros;
                  os veludos vermelhos foram mal fixados e precisam de uma boa lavagem; e ao chão e às paredes das
                  cabinas dos vídeos pornográficos um pouco mais  de detergente também não fazia mal. Mas, nos bons
                  tempos, admite este ex-emigrante e electrotécnico de formação, numa sexta-feira concorrida, aquela loja
                  apertada e mal iluminada facturava 1200 contos. Na altura, era mais do que suficiente para pagar uma
                  renda que chegava aos 4 mil contos e o  enorme fornecimento de toalhetes de papel com que  as
                  máquinas de cada cabina são diariamente fornecidas.»
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                  Para consulta do respectivo artigo no blog “Restos de Colecção”, acedendo a mais fotos e  documentos,
                  com referência às fontes de onde foram retirados os mesmos e, igualmente, alguns reproduzidos aqui,
                  clicar no seguinte link:


                               http://restosdecoleccao.blogspot.com/2015/02/animatografo-do-rossio.html















































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