Page 51 - Cinemas de Lisboa
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Tendo iniciado a sua actividade ainda no tempo do cinema mudo, o “Tivoli” foi dotado para “fono-cinema”
                  em 1930, tendo em Novembro desse mesmo ano sido apresentado o primeiro filme sonoro - “A Parada
                  do Amor”. Em 8 de Agosto de 1934 seria estreado o fono-filme português “Gado Bravo” realizado por
                  António Lopes Ribeiro  pela “Invicta Filmes”.

                  No “Tivoli”, numa determinada época, trabalhou um projeccionista que era marreco e daí em diante, cada
                  vez que havia um problema com a película, alguém da assistência berrava: «Ó Marreco! Olha o som!»

                  A partir daí muitas das grandes obras cinematográficas  mundiais passaram por esta sala de cinema
                  como: “O Mundo a Seus Pés”, “O Ditador”, “Belinda - Escrava do Silêncio”, “Duelo ao Sol”, “A Túnica”, “O
                  Rei e Eu”, “A Pousada da Sexta Felicidade”, “Lawrence da Arábia”, “Música no Coração”, “Hello Dolly”,
                  “O Padrinho”, “O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes”, “Oficial e Cavalheiro”, A Golpada”, etc.
                  Desde 1925 nesta sala foram, também, exibidas peças de teatro. Neste palco apresentaram-se, então,
                  companhias tão célebres  como a  “Comédie Française”  e  o  “Teatro do Vieux Colombier”.  Pisaram
                  também o palco do “Tivoli”, em espectáculos musicais, entre outros, os maestros Igor Stravinsky, “Sir”
                  Thomas Beechan, Frederico de Freitas e Ivo Cruz, os pianistas Sequeira Costa, Maria João Pires, Tania
                  Achot, Rubinstein e José Viana da Mota, o violinista Yehudi Menuhin, a violoncelista Guilhermina Suggia,
                  e o coro dos “Pequenos Cantores de Viena”.




































                  Em 1973, o “Tivoli” deixou de pertencer à família Mayer tendo sido adquirido por João Ildefonso Bordallo
                  e dezasseis anos mais tarde, em 1989, viria a ser adquirido pelo empresário espanhol Emiliano Revilla
                  que, pouco depois, vendeu a maioria das suas acções a uma empresa de capitais espanhóis.

                  Após um período de encerramento o “Tivoli” reabriria as suas portas em 1999, como “Teatro Tivoli” tendo
                  entretanto sido objecto de obras de remodelação,  mantendo,  no entanto,  as traças originais.  A sua
                  capacidade passouna ser de 1088 espectadores, ficando  vocacionado  para  teatro  e,  principalmente,
                  concertos.

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                  Para consulta do respectivo artigo no blog “Restos de Colecção”, acedendo a mais fotos e  documentos,
                  com referência às fontes de onde foram retirados os mesmos e, igualmente, alguns reproduzidos aqui,
                  clicar no seguinte link:
                                 http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/05/cinema-teatro-tivoli.html





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