Page 76 - Cinemas de Lisboa
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Após ter sido trespassado à empresa “Soprocine - Sociedade Proprietária de Cinemas, Lda.”, o cinema
“Palácio” , encerrou em 28 de Março de 1955. Adquirido pela firma “Belga & Faria”, seria alvo dum
profundo projecto de alterações da autoria do arquitecto Maurício de Vasconcelos, ficando a construção
a cargo de Antero Ferreira, tendo reaberto em 29 de Novembro de 1956, sob a nova denominação:
“AVIS”.
A propósito da inauguração o “Diário Ilustrado”, no seu primeiro número em 2 de Dezembro de 1956,
escrevia:
«Com escolhida assistência, inaugurou-se na passada quinta-feira o novo cinema Avis, que deu lugar ao
antigo Palácio. O público que conheceu a velha casa de espectáculos, julgava ir assistir a pequenos
melhoramentos na sala e ao transpor as portas sofreu o choque agradável de encontrar um cinema
absolutamente novo, diferente de tudo o que existia, baseado na arquitectura moderna.
Maurício de Vasconcelos na arquitectura e Antero Ferreira na construção foram artistas excelentes e
assim Lisboa ficou com mais uma nova sala de ambiente agradável e óptimas condições para
espectáculos de cinema.
O filme de abertura foi a comédia musical colorida "Fogo de Artifício", interpretada por Romy Schneider,
que conquistou em absoluto o agrado de toda a assistência.»
Após ter exibido filmes de «estreia» e enormes sucessos de bilheteira, caso do “Trinitá - O Cowboy
Insolente”, estreado a 3 de Março de 1972 e que esteve em exibição até 22 de Março de 1973, e
secundado pelos primeiros melodramas indianos chegados a Portugal após 1974, viria a encerrar
definitivamente em 1988, sendo o seu edifício demolido e dando lugar a edifícios de habitação.
Foyer do cinema “Avis”
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Para consulta do respectivo artigo no blog “Restos de Colecção”, acedendo a mais fotos e documentos,
com referência às fontes de onde foram retirados os mesmos e, igualmente, alguns reproduzidos aqui,
clicar no seguinte link:
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2014/06/cinema-avis.html
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