Page 78 - Cinemas de Lisboa
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Este Cinema, foi projectado de modo a poder ser ampliado, o que aconteceu em 1936 quando sofreu
                  grandes alterações, com a supervisão do arquitecto João Carlos Silva, quer na fachada como também
                  no interior,  vendo reduzida a lotaçãopara 812  lugares+ lugares de camarote, de  modo a acomodar
                  melhor o público.

                  Em 1957  este cinema foi demolido, e  no seu  lugar  foi construído um novo Cinema, agora chamado
                  simplesmente de  “Europa”  propriedade da  “Sociedade  Administradora de Cinemas,  Lda.”,  do major
                  Horácio Pimental, proprietária, igualmente o “Cine-Teatro Monumental” e do “Cinearte”. Desenhado pelo
                  arquitecto  Antero Ferreira, foi inaugurado em 28 de Março  de 1966, e  a sua fachada incluía uma
                  escultura em alto-relevo de autoria do escultor Euclides Vaz.
                  O novo Cinema “Europa”, com 843 lugares, foi oficialmente inaugurado a 28 de Março de 1966, com a
                  presença do Ministro  das  Corporações e  do  Secretário Nacional de Informação, com a estreia do  “III
                  Festival de Arte Cinematográfica de Lisboa” e “I Festival de Animação” com a exibição do filme “Muriel”
                  de Alain Resnais.







































                  Depois de terminado o Festival seria exibido o filme“O Evangelho Segundo S. Mateus” de Pasolini, filme
                  este, que só seria exibido durante 3 dias. Seguir-se-ia, em 10 de Abril, a estreia do filme do filme “3º Dia”
                  e seleccionado para a inauguração ao público do “Europa”.

                  Mais tarde, a sala do “Europa” seria melhorada, com o projecto do arquitecto Raúl Rodrigues Lima, e
                  com alterações significativas que se estenderam até ao bar, como também na importância atribuída ao
                  átrio com um painel de azulejos de Fred Kradolfer, expressamente concebido para o local.

                  A cabine de projecção estava equipada com quatro máquinas, das quais duas do modelo mais recente
                  da “Philips”, o  DP-70. O ecrã gigante tinha 16 metros de largura.

                  Funcionou como sala de  cinema até  30  de  Novembro de 1981,  -  ano  em que comemorava o seu
                  cinquentenário -  data em que deu por encerrada a sua actividade, com a exibição do filme “Annie Hall”
                  de Woody Allen. Mas só duas décadas mais tarde o espaço foi desafectado dessa função. Durante a
                  década  de  80  do  século  XX  funcionou,  também,  como  estúdio  de  televisão,  principalmente  para
                  concursos televisivos.







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