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À DERIVA

              distraído,
              atirei-me nas águas
              desse teu rio agreste
              que recorta,
              faz fronteira
              e rabisca
              nas coordenadas da cama
              o meu lívido diagrama.
              e, assim,
              à deriva,
              sigo,
              desatento querer,
              enquanto abocanho
              o aço do
              azul anzol
              do teu olhar.










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