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FIEL
estou sempre disposto a dar e receber, afeto e carinho.
quando os meus donos chegam cansados e estressados
corro em direção a eles; faço bobagens,
rolo pelo chão, roço a minha cabeça e meu dorso
em seus corpos cansados, enfadados.
recebo um cafuné, lambo os seus braços pesados.
e, quando percebo que eles precisam de tempo, de espaço,
me afasto, deito em meu canto;
dando-lhes a abertura necessária
para que possam lidar, eles mesmos,
com os seus sofreres, com os seus pesares.
contudo, entre as coisas que não entendo,
posso destacar os momentos nos quais,
ridentes e à espera de pulos e rodopios,
eles me indagam:
“quem é o meu bom garoto? quem é? quem é?”
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