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A preocupação deve recair sobre a renovação da cultura prisional
               como um todo.

                      Para isso,  é  imprescindível que não  se  reproduza nos espaços
               prisionais novos, aquilo que já contaminou os estabelecimentos mais antigos:
               o  gerenciamento  do  quotidiano  prisional  por  parte  dos  presos,  cujo
               subproduto é o incremento das facções.

                      Além  disso, urge que se criem  espaços limpos  dentro  dos
               estabelecimentos para que o problema da dependência química receba a
               atenção adequada, porque o viciado é trabalhador de baixo custo no mundo
               do ilícito.

                      Ainda que com muito atraso, pensar em um sistema de amparo ao
               egresso do sistema é medida que se impõe, porque aquele que a sociedade
               recusa é bem recebido pelo mercado do crime.
                      A participação da sociedade é fundamental e deve ser buscada com
               a abertura do sistema para aqueles que quiserem contribuir. Um excelente
               exemplo é o método das APACs, cujo sucesso na recuperação de presos tem
               muito a ensinar.
                      A proposta é que nos habilitemos para uma disputa com o mercado
               do ilícito, que hoje utiliza as cadeias para recrutar mão de obra barata para o
               crime. Lidar com as causas do problema, então, é uma imposição.
























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