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Palavra do relator
Crise na segurança: como ser parte da solução
A grave crise que vivemos na área da segurança não é de agora. Os
índices de violência no Rio Grande do Sul atingiram níveis preocupantes há
muito tempo. Ao longo dos anos, o nosso Estado enfrentou uma série de
desajustes, resultado de decisões equivocadas, da falta de planejamento e
de investimento insuficiente para fortalecer e estruturar de forma adequada
os órgãos de segurança.
Assim como o problema não surgiu da noite para o dia, a solução
também precisa de maturação. E encontrar o melhor caminho para superar
este momento crítico é o nosso grande desafio. Afinal, segurança pública
deve ser prioridade para todos nós. Não é responsabilidade exclusiva do
Executivo, mas sim do Legislativo, do Judiciário e de toda a sociedade
gaúcha.
Na Assembleia Legislativa, optamos por fazer a nossa parte em
direção à solução. Criamos a Comissão Especial da Segurança Pública,
presidida pelo deputado Ronaldo Santini, para produzir um diagnóstico do
setor no Estado e, a partir disso, apresentar propostas e sugestões práticas
para resultados efetivos. Além de análise de dados técnicos, fizemos visitas
às principais penitenciárias e órgãos de segurança do Rio Grande do Sul.
Também promovemos oito audiências públicas em Porto Alegre e
nove debates regionais no Interior para discutir temas como sistema prisional,
aumento no número de homicídios, segurança nas fronteiras, perícia,
participação dos municípios e tecnologia.
Mas por que esse passo é tão importante? Porque muitas pessoas, há
décadas, lavam as mãos para a crise na segurança. Pensam que este não é
um problema de todos. O resultado dessa indiferença é a falta de atitude para
atacar o cerne do problema. E, para enfrentar este momento difícil,
precisamos, acima de tudo, trabalhar de forma integrada. Temos de ser
capazes de falar a mesma língua. Podemos superar estes desafios com união
e muito trabalho.
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