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ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associa-
do à diminuição do volume sangüíneo (hipo-
volemia).
Sob circunstâncias normais, existe um
relacionamento compensatório entre a
freqüência cardíaca e o volume sistólico. Esta
compensação é vista claramente no choque
hipovolêmico, no qual um volume sistólico di-
minuído é equilibrado por uma freqüência car-
díaca aumentada e o débito cardíaco tende a
permanecer constante.
Podem ser considerados normais os Fig. 6.1 - Palpação do pulso radial.
seguintes índices de freqüência cardíaca:
● Adultos – 60 a 100 bpm;
● Crianças – 80 a 120 bpm;
● Bebês – 100 a 160 bpm.
1.1. Taquicardia
Taquicardia é o aumento da freqüência
cardíaca (acima de 100 bpm nos adultos). Em
vítimas de trauma pode ocorrer por hipóxia ou Fig. 6.2 - Palpação do pulso carotídeo.
hipovolemia. Pode estar associada também a
derrame pericárdico ou a outras causas, como por exemplo, febre, medo, sepse e exercí-
cios físicos. A taquicardia sem uma causa óbvia pode indicar um evento cardíaco primá-
rio. Embora a ansiedade e a dor possam causar taquicardia, em vítimas de trauma, até
prova em contrário, devemos julgar que ela seja decorrente de hipóxia ou choque hipovo-
lêmico ou cardiogênico.
1.2. Bradicardia
Bradicardia é a diminuição da freqüência cardíaca (abaixo de 60 bpm nos adultos).
Nas vítimas de trauma pode estar associada a
choque neurogênico. Pode estar associada
também a doenças primárias do coração ou
doenças da tireóide.
1.3. Locais para Obtenção do Pulso
Os melhores locais para se palpar o
pulso são onde artérias de grosso calibre se
encontram próximas à superfície cutânea e Fig. 6.3 - Ventilação.
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