Page 4 - 7ª Edição - Jornal Notícias da Gandaia
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ATUAL | MAIO 2019 Notícias da Gandaia
|Abel Pinto
CLUBE DESPORTIVO
COVA DA PIEDADE
Não é pacífico o clima que se vive entre a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e o Clube Des portivo Cova da Piedade tendo até, alegadamente, ocorrido confron tos físicos entre as partes desavin das. O Notícias da Gandaia procu rou, sem resultado, ouvir ambas as partes de forma a melhor poder informar os seus leitores. Incom preensivelmente, apesar de nas úl timas três semanas termos ten
tado contactar, por várias vezes, através dos vários contactos de te lefone e email disponibilizados nas páginas internet, nenhuma das partes, se mostrou interessada em esclarecer o que realmente se pas sou.
Ao que apurou o nosso jornal, o presidente reeleito do clube, Paulo Veiga, terá sido alegadamente agredido por Ji Yi, o qual, além de membro da SAD (que detém 90
por cento do capital social do clube), assume igualmente o papel de tradutor junto do presidente e administrador chinês, Kuong Chong Long. Os desentendimen tos devemse a uma dívida da SAD ao clube (admitida publicamente por Ji Yi), relativa ao pagamento do contrato de utilização do com plexo do estádio pelas equipas sé nior e B, e outra referente à transferência dos direitos despor tivos do clube para a SAD, num total de 120 mil euros, que estão já a afectar a parte desportiva, tendo levado ao adiamento do jogo de futebol do escalão de SUB 23 que
se deveria realizar no Estádio José Martins Vieira a 27 de Abril.
Através de comunicados, ambas as partes têm trocado acusações e contra acusações, num estilo “po litiquês” e nada consentâneo com os valores que deveriam nortear instituições desportivas. Espere mos que o bom senso prevaleça e que todos aqueles que não conhe cem a missão e os valores que devem nortear os clubes desporti vos, se afastem de vez das direc ções destas instituições, porque os atletas que dão o seu esforço me recem que os seus dirigentes tra
balhem para lhes proporcionar as condições para que possam evo luir, sem os constrangimentos de guerrilhas que não servem, por certo, para construir nada de útil, só destroem o que outros, no pas sado, com esforço e dedicação, já construíram. |
Hugo Azenha, maestro
cos para ensaiarem duas vezes por semana.
A direcção da SRMT, Instituição de Utilidade Pública, é presidida, desde há nove anos, por Hélder Lopes, trompetista há mais de 25 anos, tendo passado por várias bandas do concelho de Almada. Como ambições para o futuro pre tende continuar a desenvolver a colectividade, mantendo o equilí brio financeiro. E, como áreas a desenvolver, apontou a actividade desportiva, pois a associação tem actualmente uma classe de Hap kido, uma arte marcial coreana de defesa pessoal, e, em conjunto com a Junta de Freguesia, uma classe de ginástica sénior. Na área musical, além de ter a ambição de ter a banda da SMRT composta só por músicos oriundos da sua escola, pretende também consoli dar o Conservatório de Música de Almada, que conta actualmente com cerca de 50 alunos, e desen volver e dar a conhecer dentro e fora do concelho a Orquestra de Câmara de Almada composta por cerca de 36 músicos profissionais. |A.P.
Candeias Avessas
SOCIEDADE MUSICAL RECREATIVA DA
TRAFARIA
À Beira dos 120 Anos
Hélder Lopes, presidente SMRT
tida no concelho e, simultanea mente, dar o devido aproveita mento às suas instalações. No mesmo ano foi criada a Orquestra de Câmara de Almada, uma estru tura profissional e com autonomia artística. Em 2016, a banda realizou um grande concerto com uma das mais importantes bandas de rock nacional, os Amor Electro, e, em 2017, repetiu o feito com a Ala dos Namorados.
A banda é composta por 25 mú sicos com idades entre os 70 (o músico menos recente em idade é Américo Lopes) e os sete anos (Simão Lopes), e é, desde há seis meses, dirigida pelo maestro Hugo Azenha, que pretende rejuvenes cer a formação, que tem uma média etária rondando os 40 anos, captando músicos mais jovens. Para atingir essa sua ambição está a renovar o reportório com temas que cativam mais a juventude, como melodias famosas do rock e pop mundial e alguns dos temas mais famosos da música portu guesa. A maior dificuldade referida pelo maestro é conseguir a moti vação permanente dos seus músi
A Sociedade Recreativa Musical Trafariense (SMRT), comemorou no dia 10 de Maio os seus 119 anos de existência. Fundada em 8 de Maio de 1900, foi com um con certo de gala da sua banda, diri gida pelo maestro Hugo Azenha, que a festa se fez.
No Salão Nobre Manuel José Cardoso, o concerto teve como convidados o coro Túnica, da Uni versidade Intergeracional do con celho de Almada, dirigido pela maestrina Anabela Fernandes, e o coro do Conservatório de Música de Almada dirigido pela profes sora Eva Duarte.
O Notícias da Gandaia esteve à conversa com o presidente da di recção da SRMT, Hélder Lopes, e com o maestro da banda, Hugo Azenha, para conhecer um pouco a história da colectividade, as suas actuais actividades e as ambições que existem para o futuro desta já mais que centenária associação.
Na fundação da Sociedade Re creativa Musical esteve um grupo de trafarienses oriundos das famí lias mais antigas, e algumas pes
soas aí radica
das de certo
prestígio e influên
cia social, que tinham
em comum o amor pela vila
e que entendiam que a Trafaria também deveria possuir uma Banda de Música, a exemplo de muitas outras terras do País. Ora, em 23 de Janeiro de 1903, quando o Rei Carlos I visitou a Trafaria para proceder a uma cerimónia, Florên cio José Martins, que encabeçava a direcção e era uma das principais figuras na preparação da recepção ao Rei, aproveitou a ocasião e pediu ao monarca o título de Real para a “sua” Sociedade, o que lhe foi concedido, passando a colecti vidade a denominarse – Real So ciedade Musical Trafariense, nome que a República levou, logo em 1910, deixando a sociedade cair o Real e assumindo a palavra Re creativa como sua principal fun ção.
A banda, que iniciou a sua activi dade como fanfarra, em 1990, desorganizouse e quase desapa receu, em meados dos anos 40 do século passado, mas, em 1967, um
grupo de trafarien ses motivados para o progresso da terra restaurou o grupo musical já com a forma de banda. Actual mente com cerca de 400 associa dos e respeitando os objectivos e fins da sua criação (o ensino e a di vulgação da música), mantém em funcionamento a Escola e a Banda de Música, esta constituída maio ritariamente por músicos forma dos na escola de música da colec tividade, que participa em vários concertos anuais, encontros de Bandas, procissões, e outros even tos, tanto na Trafaria como em ou tras localidades para onde é con
vidada.
Em 2003, a Banda (com a parti cipação de músicos convidados) gravou, produziu e editou, em CD e Cassete, o trabalho intitulado “Jazz, Latino & Rock”. Em 2012, com grande êxito, organizou o es pectáculo Grandes Musicais, com a participação de músicos e canto res convidados, tendo, em 2015, criado o Conservatório de Música de Almada, assim procurando dar resposta a uma necessidade sen

