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debate muito sério, e não é só no município mas nacional, porque é preciso entender que esse debate vai ter consequências para as polí- ticas de habitação de Almada, por- que eventualmente vai ser preciso deslocar populações e a primeira é o 2o Torrão. Cada vez que há uma tempestade ficamos todos de co- ração na boca temendo o que ali pode acontecer. Foi, aliás, por ra- zões desta ordem que o Bloco de Esquerda apresentou uma moção para que fosse declarado o estado de urgência climática, o que signi- ficaria, se fosse aprovada, que o Estado tem de ter políticas públi- cas em relação às alterações climá- ticas, portanto tem de existir investimento público.
de 2013 para 2017, no entanto só obtém metade dos votos daque- les que tem nas legislativas. O eleitorado não acredita numa ges- tão ou na liderança do Bloco?
verno ou para outra entidade qual- quer. Há muita coisa por explicar naquele último mandato, uma in- compreensão em relação à estra- tégia da CDU para o concelho. As pessoas sentem isso. Quando há projecto, há projecto. As pessoas sentiam que a presidente Maria Emília tinha de facto um projecto para Almada; sabem que deixou um património, que é inegável, e que seria completamente injusto esquecer. Passados estes anos há uma falta de transparência, há uma falta de participação, há um projecto que não se conhece, que está ausente ou que perdeu o rumo e, ao mesmo tempo, co- meça a haver dificuldades de ges- tão diária e chega-se à gota de água. A gota de água foi o lixo. Quando a Câmara, em cima de tudo isto, não consegue garantir que o lixo é recolhido, que as ruas são limpas e que há um mínimo de iluminação pública e pavimenta- ção, a avaliação deixa de ser de falta de estratégia para se tornar em falta de capacidade de gestão diária. Essa avaliação foi feita e as pessoas quiseram mudar.
são desencadeadas, como nos TST, que estiveram em greve, ou se há um problema no bairro da Rua Catarina Eufémia, que era da Fidelidade e depois foi vendido, vendido, vendido e há ali um risco de despejo, nós estamos lá, fala- mos com as pessoas, levamos o problema à Câmara. Há um acom- panhamento efectivo do que acontece. Gostava que tivéssemos mais tempo, mais braços e mais pernas, mas as coisas não são assim.
Ainda não falámos dos trans- portes?
Essa é uma posição de princípio. Todos os partidos querem o po- der. Mas agora realisticamente...
Tem razão. Coisas muito concre- tas: é um drama que Almada não tenha um único operador público de transportes à excepção da Transtejo/ Softlusa. Responsáveis por isto? O governo. Os sucessivos governos que privatizaram tudo o que havia para privatizar, que concessionaram o comboio à Fer- tagus. Não é verdade que o mu- nicípio não tenha uma palavra a dizer. O Bloco, porque a conces- são acaba durante este mandato, levou uma proposta â Câmara para que o executivo se pronun- ciasse a favor do retorno da Ferta- gus para a esfera pública, por ser uma PPP muito cara, que já custou milhões ao erário público. Mas a Câmara não se quis pronunciar a favor... Assim como não se quis pronunciar sobre a criação de um operador público único capaz de operar eficazmente dentro do concelho e em articulação com os outros municípios à nossa volta.
Realisticamente propusemo-nos contribuir para uma maioria trans- formadora de esquerda na Câmara Municipal de Almada...
Mudando de assunto. O Bloco, no concelho, duplicou a votação
Não é verdadeiro em Almada nem é verdadeiro em muitos sí- tios. É verdade que o Bloco tem a dimensão que tem e não tem nin- guém em nenhum executivo e, por isso, a visibilidade de um par- tido que está na oposição e não no executivo, tendo em conta – so- bretudo e também – a realidade
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É uma dinâmica nacional. Em Al- mada até tivemos um resultado que ultrapassou a média nacional do Bloco. Nós temos uma dúzia de vereadores eleitos no país inteiro. É um caminho que estamos a per- correr e acho que nos estamos a afirmar com sustentabilidade. Agora, as pessoas ainda não nos conhecem pelo trabalho autár- quico por sermos um partido muito recente, apesar de muitos dos seus militantes terem expe- riência autárquica muito anterior é um caminho que se faz cami- nhando. É preciso compreender que em Almada, todas as vota- ções, de todos os partidos, à ex- cepção da CDU, são sempre mais baixas nas autárquicas do que nas legislativas. Mas isto são as dinâ- micas próprias de cada cidade...
O Bloco tem a ambição de diri- gir a Câmara?
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Já agora como explica a der- rota, que surpreendeu toda a gente, da CDU após 40 anos no poder?
E porque não foi isso possível?
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A minha avaliação é de respon- sabilidade própria...
Sem querer ser provocador, há muitas pessoas que vêem o Bloco como um produto político televi- sivo, porque não se vê uma acção, uma visibilidade do trabalho do partido, nas freguesias, por exem- plo?
Porque considerámos que não existe a possibilidade de criar uma maioria transformadora com o PSD, de quem, em alternativa à CDU, o PS precisava para gover- nar.
Ohhh TC!!!
Da CDU?
Mas o PS ofereceu pelouros a todas as forças políticas...
Sugestões: Rodízio de Sardinha à descrição, Caldeirada de Peixe e Leitão à Bairrada
Sim. Há obviamente uma dinâ- mica que é desfavorável para a CDU, há uma dinâmica vencedora do PS, que não foi só aqui. Há tam- bém uma avaliação da população de Almada relativamente à gestão da CDU nestes quatro anos de mandato e uma vontade de mu- dança que acabe com a persistên- cia de problemas, que se podem chamar históricos e nunca pare- cem ter solução à vista. É o caso da habitação, dos transportes, do permanente empurrar os proble- mas para o futuro ou para o go-
Isso é um cliché...
É verdade. Porém o Bloco de Es- querda não determinava nada, não fazia maioria com ninguém. Infelizmente. E estaríamos conde- nados a governar com a política de uma outra maioria, isto é, a gerir a aplicação concreta da política do PS e do PSD. De qualquer maneira, estamos sempre abertos a conver- gências com outras forças políti- cas para resolver problemas concretos, no entanto sabemos que nestas circunstâncias essa convergência é difícil. |
Foto: Paula Nunes / Esquerda.Net
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Não quer dizer que não seja ver- dadeiro...
Notícias da Gandaia JULHO 2019 | ENTREVISTA 11
da comunicação social, de que vocês são uma excep- ção mas de resto é prati- camente inexistente em Almada, é difícil chegar às pessoas do concelho com as nossas posições. No entanto os autarcas do Bloco estão presentes, são conhecidos. Se for à Trafaria perguntar pelo Chalana toda a gente sabe quem é. Como não há ninguém na Cova da Piedade que não conheça o Luís Filipe, ou, no Laran- jeiro, que não conheça o Pedro Oliveira. São pes- soas que foram operários, sindicalistas, autarcas... As pessoas são conheci- das, têm a sua comuni- dade, mas o trabalho dos autarcas é esse. É um tra- balho de formiguinha, um trabalho muito difícil e muitas vezes ingrato. Sempre que há movimen- tações sociais, lutas que
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Quando nos candidatamos, can- didatamo-nos sempre com a con- vicção de querermos ser poder...
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