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Os métodos de projeção ativa não são absolutamente necessários. — Revendo este Curso, que estou
            quase a terminar, algum aluno pode dizer:

            "Fizestes-me entender, com bastante clareza, como é que eu posso armazenar a força que significa
            poder para o indivíduo, mas seria preciso saber corno posso projetar ativamente essa força."

            Seria talvez o caso de remeter tal aluno para a lição XI, mas compreendo: êle precisa de alguma
            coisa mais imediata e pessoal.

            Normalmente não é necessário projetar ativamente a força. O fato de serdes o possuidor de uma
            força consciente é o bastante para atrairdes o interesse, a confiança, o amor, o respeito das pessoas
            com as quais conviveis.

            É evidente que haverá vantagens mais materiais: várias portas, que no passado se haviam fechado
            para vós, agora se abrirão. Antes não havieis compreendido que o domínio das coisas materiais tem
            de ser obtido por uma aproximação inteligente e harmônica, empregando os canais mentais.

            Relação entre o mental e o material. — Usarei como exemplo uma analogia. Imaginai um lago com
            uma bela ilha no meio. A ilha representa alguma coisa material que desejais — a ri-
            queza, por exemplo. A água do lago representa as condições mentais que a cercam. O vosso natural
            desejo é precipitar-vos impetuosamente para a ilha. Encontrai-vos a debater com a água — condição
            mental. Esta, embora intangível, constitui uma barreira real. Para alcançardes a ilha, tendes que
            aprender a nadar. Isto é, deveis aprender a dominar as leis dos arredores mentais, antes de
            poderdes atingir resultados mentais.

            Não se justifica o desejo impaciente do aluno no sentido de realizar uma projeção ativa de sua força.
            Quando êle entender o método passivo, mais lento, porém mais eficiente, então seu êxito estará
            plenamente assegurado.

            Processo de indução. — Tendo em vista a teoria elétrica, bem demonstrada, que a passagem de uma
            corrente próxima de um outro condutor produz nesse condutor uma corrente simpática, suponhamos
            que vós desejais impressionar ou influenciar uma pessoa com quem acabais de travar conhecimento.

            Fixai no vosso espírito o fato de que essa pessoa é um instrumento pelo qual passam correntes
            mentais; e que vós sois um instrumento que não só produz, mas também recebe e guarda aquelas
            correntes que desejais.

            Por isto, podeis começar com decisão a "puxar por êle" na conversa, empregando judiciosamente o
            olhar central. Dedicai todo o vosso tato e ciência a fazer isso de um modo discreto, não importuno,
            mantendo ao mesmo tempo com firmeza toda a vossa força; por assim dizer, puxando-vos para
            dentro. Pelo ato de fazerdes passar diante dele as correntes mentais, sob a forma de perguntas ou
            sugestões hábeis, vós despertais nele correntes simpáticas que manifestam seus gostos e aversões.
            Estimulando e satisfazendo, no decorrer da conversa, tais gostos e aversões por meio de uma
            constante subcorrente de aprovação expressa sutilmente, não tardareis a conseguir que êle esteja
            em completa vibração convosco. Isto é, êle gosta de vós, e prefere estar convosco a não estar. Não
            cometais o erro de empregar lisonja barata, que só atua sobre os espíritos muito fracos; procurai
            criar em vós mesmos uma corrente de interesse amável e genuíno. Podeis conseguir isso, expulsando
            do vosso espírito os outros interesses.
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