Page 41 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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prazer e compensações de curto prazo e geralmente não encontram
                felicidade no ato de trabalhar           [15] . “Deixa a vida me levar, vida leva

                eu” é lindo na música, mas na vida real é um perigo danado!
                     Certa vez, intrigado com os rumos que dava à minha vida, travei
                um diálogo de mim para comigo e ao longo dele tive clara noção de
                que precisava urgentemente prestar atenção nas minhas buscas e
                refinar mais o meu propósito:
                     - Muito bem, Rodrigo. Por que estou aqui nesta empresa?
                     - Ah, para crescer na minha carreira e ganhar muito dinheiro!

                     - Pra que?
                     - Hum... para pagar minhas contas... e comprar coisas!
                     - Certo. E pra que?
                     - Ué?! Para ter mais conforto e mostrar pro mundo que venci na
                vida.
                     Nesta rápida conversa interna, concluí que buscar conforto fazia

                sentido  e  era  uma  busca  positiva.  Até  aí,  ok.  Mas  o  “mostrar  pro
                mundo que venci na vida”, me soou estranho. Neste diálogo, ficou
                claro  pra  mim  que  parte  de  toda  minha  luta  diária  era  por  algo
                meramente exterior, que feria minha essência e que provavelmente
                me  levaria  a  muita  frustração  futura.  Prestando  atenção  na  razão
                desta busca descobri que parte da motivação do meu esforço diário
                vinha de necessidades desequilibradas que me cabia melhorar aqui

                dentro,  tais  como  autoestima  baixa,  insegurança,  orgulho  e  muita
                vaidade.  Reformulei  o  meu  propósito,  reajustei  as  velas  e  venho
                rumando para outro sentido, sempre atento para não perder de vista
                a minha razão de acordar todo dia pela manhã.


                     O propósito claro faz isso: te mantém no prumo, sem perder a
                direção. Certa vez fui contratado para um treinamento no interior de
                São  Paulo,  começando  às  8h  da  manhã.  Para  chegar  no  horário

                combinado,  precisei  levantar  por  volta  das  4h  da  madrugada  para
                encarar a estrada. Chovia muito! A minha cama estava quentinha e
                sedutora.  Mas  como  eu  tinha  um  compromisso  assumido,  me
                levantei.  Fui  me  arrastando  até  o  banheiro,  com  uma  tromba
                enorme,  mal-humorado  e  reclamão.  Comecei  a  tomar  meu  banho
                pensando  coisas  do  tipo  “cara,  onde  você  estava  com  a  cabeça
                quando aceitou este trabalho? Olha o tempo como está, a estrada
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