Page 45 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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Muita gente confunde o ato de ser perfeccionista com o de ser
                um  praticante  da  filosofia  da  excelência.  Apesar  de  ambos  os
                comportamentos poderem nos levar a gerar resultados incríveis, é

                muito  importante  conceituar  que  o  perfeccionismo  nasce  do
                desequilíbrio,  enquanto  a  excelência  nasce  do  equilíbrio.  O
                capricho  com  que  um  perfeccionista  executa  tarefas,  vem
                sempre de um comportamento baseado na influência exterior:
                ele  é  extremamente  sensível  ao  julgamento  alheio,  não  mantém
                uma  boa  autoestima  e  busca  aprovação  para  sentir-se  bem  (esse
                “sentir-se bem” acaba sendo muito volátil, pois dura o tempo de uma
                aprovação conquistada e breve se acaba). No seu desequilíbrio, o

                perfeccionista exagera na dose: muitas vezes tem atitudes extremas
                para  obter  resultados  muito  além  do  necessário  ou  simplesmente
                trava em tarefas relativamente simples, por acreditar que não ficarão
                ajustadas  dentro  dos  seus  critérios  surreais  de  qualidade.  O
                perfeccionista dificilmente está em paz... não costuma celebrar uma

                vitória,  pois  terminada  a  tarefa,  já  se  cobra  sobre  a  próxima.  Por
                mais que faça coisas excepcionais, nunca está bom e é o primeiro a
                botar defeito nas coisas que faz. Se conhece alguém assim, sempre
                é  tempo  de  rever  e  mudar,  colocando  essa  energia  toda  no  trilho
                certo, trocando o perfeccionismo pela filosofia da excelência.
                     Perceba a diferença: praticar a excelência é uma questão de
                você com você, um processo interior e que não deve acontecer

                sob influência externa. De verdade, não praticaremos  excelência
                para obter aceitação, ganhar likes ou mendigar o amor dos outros.
                Buscamos aplausos sim, mas somente aqueles que vêm da própria
                consciência.  Praticamos  a  excelência  principalmente  quando
                ninguém está vendo! Não fazemos isso para que nosso chefe nos
                reconheça e nos dê aumento ou novos cargos e responsabilidades.

                Isto  será  a  provável  consequência,  mas  não  deve  ser  o  fim.
                Escolhemos  praticar  a  excelência  fundamentalmente  porque  nos
                deixa  em  paz  conosco  mesmos  e  isso  nos  traz  muita  felicidade.
                Ponto. Neste processo de busca contínua, praticamos aceitação do
                nosso  momento  atual,  mas  não  acomodação.  E  todo  processo  é
                feito sem conflito interno, sem ficarmos nos culpando e nos jogando
                pra baixo.
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