Page 56 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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RES-PON-SA-BI-LI-DA-DE


                     AAAAAHHHH!  Pois  é...  Agora  a  vida  começava  a  nos  pedir
                outros tipos de respostas e atitudes. No pacote da responsabilidade,
                chegaram  novidades  estranhas:  boletos,  deadlines,  metas,

                cobranças  emocionais  externas,  listas  de  compra,  tomadas  de
                decisão,  planejamento...  A  carga  emocional  é  tanta,  que  no  meio
                dessa  nova  fase  pelo  menos  alguma  vez  muitos  de  nós  já
                suspiramos e dissemos: “Ah, como eu queria voltar a ser criança!”.
                     O  fato  é  que  quando  vamos  amadurecendo,  principalmente  do
                ponto de vista emocional, temos crises naturais de transição: de um
                lado,  o  estado  atual  e  do  outro  o  que  o  meio  pede  que  nos

                tornemos. E é natural do aprendizado irmos emocionalmente para
                os extremos até chegarmos ao equilíbrio, conquistando ao final de
                cada  ciclo  uma  maior  maturidade  emocional.  Assim,  dentro  dessa
                coisa  da  transição  entre  ser  criança  e  ser  adulto,  temos  em  um
                extremo  aqueles  que  se  negam  a  crescer               [18] ,  que  mesmo  já  bem

                grandinhos  insistem  nas  atitudes  infantilizadas,  que  já  não  se
                encaixam mais nos seus contextos de vida. Na outra ponta, temos
                aquelas pessoinhas que já estão “velhas” aos vinte e poucos anos:
                rígidas, mal-humoradas, fechadas para o novo e preconceituosas ao
                extremo.
                     Quanto  à  minha  criança  interior....  Ah!  Havia  deixado  ela  no
                Brasil! Notei que eu estava na sala de aula com a postura de um

                velho senhor ranzinza, apesar dos meus 30 e poucos anos à época.
                E  se  eu  não  trouxesse  um  pouco  mais  da  criança  que  um  dia  fui
                para dentro daquela sala de aula, minha rigidez não me permitiria
                aproveitar integralmente tudo que tinham pra me ensinar, já que o
                adulto interior extremado tem dificuldade de aprender por ter sempre
                “aquela  velha  opinião  formada  sobre  tudo”,  como  cantava  Raul

                Seixas,  já  prevendo  que  nessa  atitude  iríamos  acabar  nos
                dinossaurando       [19] ....  Não  por  acaso,  Walt  Disney  dizia:  “Prefiro
                divertir  as  pessoas  na  esperança  de  que  elas  aprendam  algo,  do
                que  tentar  ensinar  algo  a  elas  na  esperança  que  se  divirtam”.
                Diversão traz a criança interior à tona e nos deixa em estado mais
                receptivo pra aprender, criar e crescer.
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