Page 62 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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1.            Ele amava desenhar e isso lhe causava problemas com
                            o  pai,  o  “Seu”  Elias  Disney.  Ele  não  entendia  muito  bem
                            essa predileção do garoto pela arte e achava que isso não

                            era profissão, nem dava futuro. Elias teve um histórico de
                            seguidos  fracassos  empresariais  que  o  levou  a  construir
                            uma crença limitante poderosa a respeito. A tal ponto, que
                            ele não conseguia ser um incentivador do sucesso do filho.
                            Mesmo sem a aprovação paterna por uma grande parte da
                            sua  vida,  Disney  seguiu  seu  sonho  com  coragem  e
                            determinação inabaláveis até o fim, mostrando ao pai que a
                            família Disney não era fadada ao fracasso, quebrando este

                            ciclo  natural  de  auto  sabotagem  e  ressignificando  essa
                            crença  negativa  entre  os  seus.  Não  é  porque  não  deu
                            certo uma vez, que nunca dará certo. A perseverança
                            produz campeões.
                   2.            Como  era  comum  na  época,  ainda  criança,  ele  já

                            trabalhava.  Entregava  jornais,  faça  chuva,  faça  Sol...  ou
                            faça neve! Sim, acordava de madrugada mesmo em dias
                            cinzas e de ruas geladas e, se não houvesse impedimentos
                            climáticos  mais  críticos,  lá  ia  ele  com  sua  bicicletinha
                            entregar  jornal  pelas  ruas  de  Kansas  City.  Isso  contribuiu
                            para  forjar  a  disciplina,  resiliência  e  determinação  tão
                            característicos  de  sua  personalidade.  Sucesso  pede que

                            se respeite o tempo necessário para construí-lo e que
                            se tenha disciplina, amor e determinação para chegar
                            até  lá.  Desconfie  de  qualquer  fórmula  que  fuja  muito
                            disso...
                   3.            Disney era péssimo em lidar com dinheiro e pior ainda
                            em  fazer  negócios.  Mas  teve  a  sabedoria  de  trazer  para

                            junto  de  si  pessoas  com  perfis  complementares  ao  seu,
                            como seu irmão, o Roy Disney. Roy é parte fundamental do
                            sucesso  da  empresa  e  sem  ele não  haveria  hoje  Disney
                            Company. Costumo dizer que a relação dos dois era como
                            o da pipa e da linha. Disney é a pipa:  quer  voar, subir, ir
                            cada  vez  mais  além,  ao  sabor  do  vento.  Roy  é  a  linha:
                            segura a pipa no chão, trazendo realidade para o processo,

                            não  permitindo  que  a pipa  voe  muito  longe,  sem direção.
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