Page 64 - A Magia da Excelencia - Rodrigo Maruxo
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fraternidade tendo como base o uso da ciência e
tecnologia. Muitos destes conceitos podem ser
encontrados e experimentados por nós, materializados hoje
em atrações do parque EPCOT [22] Center. O convite de
Disney para a fraternidade continua muito atual. Já
fomos à Lua, mas ainda temos alguma dificuldade em
atravessar a rua e abraçar nosso vizinho...
7. Disney era um inconformado, no sentido de “não tomar
forma”. Mas não era daquele tipo ruim de inconformado
que fica indignado com as coisas que não são como deseja
e só reclama, pouco produzindo. Ele arregaçava as
mangas para transformar a situação, raramente aceitando
um “não” como resposta. Quando se deparavam com
alguma limitação natural, seja de tempo, dinheiro, pessoas
ou tecnologia, ele sempre ficava inquieto e provocava seu
time a pensar em soluções alternativas, consciente de que
esse era o caminho para a construção de uma empresa (e
de uma vida) vencedora. Para cada “não dá” do seu time,
ele já engatilhava a pergunta: “Ok, então o que precisamos
fazer pra dar?”. E botava todos a pensar e a produzir. É
dele uma das minhas frases preferidas: “Eu gosto do
impossível, porque lá não existe concorrência”, referindo-se
a tantas e tantas pessoas e empresas que desistem pelo
caminho, deixando-se limitar pelos desafios naturais da
jornada, simplesmente se conformando. O inconformismo
de Disney o levava à prática contínua da excelência.
Que, por nossa vez, jamais nos acomodemos com os
nossos inúmeros (e muito úteis) “nãos” da vida, pois
se bem trabalhados eles se tornam alavancas para
nosso crescimento, nos mantendo na direção certa,
nos fazendo ir sempre muito mais além.
8. O filme “Fantasia” e depois “Pinóquio” foram
superproduções caríssimas, que infelizmente não deram o
retorno esperado, seja por baixa aceitação do público, seja
pelo mercado da Europa estar fechado graças à Segunda
Grande Guerra. Com custos fixos altíssimos à época e o
péssimo resultado destas duas empreitadas, os cofres da