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TRABALHO & COMUNIDADE





































                             Cláudia e o marido, que é o presidente da entidade, durante tratamento oncológico





                             debilitada, resolveu criar a Associação de Combate ao Câncer vista Esta Causa
                             (ACCvEC), da qual hoje é vice-presidente e o esposo, Jefferson Pereira, presiden-
                             te. Mas como, numa situação dessa, ainda pensou no outro? “Acredito que a vida é
                             mais entregar do que receber”, explica. E como recebeu muito – amor, companhei-
                             rismo, atenção, cuidado – quis entregar também.
                                O objetivo inicial foi confeccionar camisetas para vender. Todo o lucro seria des-
                             tinado para tratamentos oncológicos. Nesse meio tempo, Cláudia precisou de uma
                             medicação que não era disponibilizada pelo SUS devido ao alto custo. Foi preciso
                             entrar com uma ação judicial. Durante a espera, as vendas começaram. O resulta-
                             do saiu antes do esperado e ela conseguiu os medicamentos. Uma grande vitória
                             que impulsionou não desistir do ideal.  O comércio deslanchou e mais pessoas
                             puderam ser atendidas. “Hoje trabalhamos ajudando pacientes com transportes,
                             alimentação especial, compras de medicamentos e realização de exames”, afirma.
                                A Associação de Combate ao Câncer vista Esta Causa foi criada há dois anos.
                             Atualmente, conta com oito integrantes que vivem em Uberaba e Uberlândia (MG).
                             O trabalho é feito on-line. O paciente envia ao grupo uma foto do laudo médico,
                             que passa por verificação. Depois de confirmado, ele explica do que necessita na-
                             quele momento. Os membros correm atrás para atendê-lo. “Se ele precisa de um
                             remédio por exemplo, entramos em contato com algum parceiro da indústria far-
                             macêutica. Fazemos a aquisição e ele a recebe em casa”, destaca. Como a ONG é
                             independente e trabalha de vários lugares, ela atende não só Uberaba, como toda a
                             região. Isso amplia a capacidade e quantidade de casos. Mais pacientes significam
                             maior necessidade de recursos. E eles são obtidos não só pela venda de camisetas
                             mas também através de doações feitas por pessoas físicas e jurídicas. Qualquer um
                             pode contribuir! E toda ajuda é bem-vinda!
                                As doações contribuem com pacientes como a técnica de enfermagem Teresi-
                             nha Afonso, que teve câncer de útero. Tinha 59 anos quando percebeu que precisa-
                             va cuidar da saúde. Foi ao postinho e teve contato com uma funcionária. “Quando



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