Page 53 - A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina
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A PÉROLA SELVAGEM - A ave de rapina, por Luciano Du Valle


             povos africanos.  Todos os  utensílios  estão  de  acordo,  chame-
             os pelos pontos riscados. Hoje trabalharemos em conjunto com
             todas  as linhas  afro-brasileiras.  Os trabalhos  que  se seguirão
             serão feitos para o aprimoramento. Haverá fortes tensões para
             sublimar as dores dos parentes próximos a ti. Fortes tormentos
             serão seguidos de cura para o fortalecimento do espírito de cada
             um. Nessa imensidão de cores e forças nosso estado alquímico
             protela a dor do inimigo peçonhento em todos nós. Estivemos
             há eras sob influências intrusas em nosso organismo terrestre e
             agora vamos recolocá-lo em perfeito equilíbrio. No jogo maior
             da vida, enriquecemos com labor o ventre da mãe Terra.




                   O ESPÍRITO DANÇARINO E O FALCÃO NEGRO

                   Obaluaiê: O cetro do poder de cura desse ser estigma a
             muitos com preces para aclarar a saúde e o bem estar. Todos
             querem  vê-lo fustigar  pela  sorte ou pela  morte.  Nosso ente
             benfazejo  quer  a  guarda  de  nossas crianças.  Quando  se lem-
             brarão do conhecimento da lei de Tebas?*
                   O velho Omulú quer a guarida de todos os infratores da
             lei do tempo. Omulú foi um indivíduo, personagem da história
             de  longínquas datas,  provedor  da  cura  da  encefalite aguda,  o
             curandeiro de um aldeia. No cruzamento entre linhas de forças
             do Astro Rei com Saturno o Pai do tempo e Senhor da Eterni-
             dade é que veio situar-se em nosso campo de manifestação, o
             Espírito Redentor.
                   Todos os aprazeres que contivessem alguns em suas dores
             encefálicas, nessa época, continham a fé de que podiam achar
             na dor o suporte para o amor incondicional e recriaram os seus
             momentos com luz e gratidão, devolvendo a cura ao poder do
             Espírito Sagrado. No Xamanismo existe uma confluência com o
             espírito dançarino e a cor do falcão negro.


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