Page 35 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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               árvore produz  frutos  sadios,  e  outra  frutos  venenosos?  Por
               que um vegetal suporta bem a geada, enquanto outro murcha
               sob as mesmas condições? Por que uma macieira se carrega
               de frutos, ao passo que outra, da mesma idade e plantada no
               mesmo pomar,  é quase estéril?  Por que uma planta floresce
               uma dúzia de vezes por ano, e outra o faz apenas uma vez em
               cada século?  Na verdade,  “tudo quanto aprouve ao Senhor,
               ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos”
               (SI  135.6).
                      Considere as hostes angelicais.  Certamente  acharia
              uniformidade aqui; no entanto, não é assim.  Como no resto
               do universo, o mesmo soberano beneplácito do Criador aqui
               se  evidencia.  Alguns  anjos  têm  uma  posição  superior  a
               outros;  alguns  são  mais  poderosos  do  que  outros;  alguns
               estão  mais  perto  de  Deus  do  que  outros.  As  Escrituras
               revelam uma graduação específica e bem definida nas ordens
               angelicais.  Dos  arcanjos,  serafins  e  querubins,  chegamos
               aos “principa-dos epotestades” (Ef 3.10), e, de principados
              e potestades, a dominadores” (Ef 6.12), e então aos simples
               “anjos”;  e,  mesmo entre estes,  lemos  de  “anjos  eleitos”
               (1  Tm  5.21).  Outra  vez  indagamos,  por  que  essa
              desigualdade,  essa  diferença  em  hierarquia  e  ordem?
              Podemos apenas dizer:  “No céu está o nosso Deus; e tudo faz
              como lhe agrada”  (SI  115.3).
                      Se, pois, percebemos a soberania de Deus demonstrada
              através de toda a criação,  por que deve ser tido como coisa
              estranha quando a vemos operando no meio da raça humana?
              Por que se vê como estranho o fato que Deus se compraz em
              dar cinco talentos a uma pessoa, mas apenas um para outra?
              Por que  estranhar  quando  este  nasce  com uma constituição
              robusta, mas aquele, embora tendo os mesmos pais, é fraco e
              doente?  Por  que julgar  estranho  quando  Abel  é  ceifado  na
              flor da vida, enquanto Caim tem permissão para viver ainda
              muitos e muitos anos? Por que acharmos estranho que alguns
              nascem negros e outros brancos; que alguns nascem sem muita
              inteligência e outros com grandes dotes intelectuais; que alguns
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