Page 90 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
P. 90

Operação                                                85

           vmiedade,  S enhor,  nas  tuas  obras!  todas  com  sabedoria  as
           li/,este”  (SI  104.24).  Haverá  alguém  que,  aceitando  o  que
           acabamos de dizer, negue que Deus decidiu governar o mundo
          que criara? É claro que a criação do mundo não foi o término
          do propósito divino para com ele. Por certo Deus não resolveu
           meramente criar o mundo e colocar nele o homem, para então
          abandonar ambos  à sua própria sorte.  É evidente que Deus
          (em em vista alguma grande finalidade ou finalidades dignas
          de  sua  perfeição  infinita.  Também  é  evidente  que  Ele  está
          governando o mundo de tal modo que esses alvos serão atin­
          gidos.  “O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios
          do seu coração, por todas as gerações”  (SI 33.11).
                  “Lembrai-vos das cousas passadas da antigüidade; que
          eu  sou  Deus  e  não há  outro,  eu  sou  Deus,  e  não  há  outro
          semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de
          acontecer,  e  desde  a  antigüidade  as  cousas  que  ainda  não
          sucederam;  que digo:  O  meu conselho permanecerá de pé,
          farei  toda  a  minha  vontade”  (Is  46.9,10).  Muitas  outras
          passagens bíblicas poderiam ser mencionadas para comprovar
          o fato que Deus tem muitos desígnios quanto a este mundo e
          quanto  ao homem,  e  que  esses  propósitos  serão  cumpridos
          com toda a certeza. Somente quando as profecias das Escrituras
          são  consideradas  por  esse  prisma,  podemos  apreciá-las  de
          maneira inteligente. Na profecia, o grande Deus condescendeu
          em introduzir-nos ao recôndito dos  seus eternos propósitos,
          tendo-nos mostrado o que  Ele resolveu fazer no futuro.  As
          centenas  de  profecias  que  se  acham  no  Antigo  e  Novo
          Testamentos  não  são  tanto previsões  do  que  sucederá;  são
          revelações, a nós apresentadas, daquilo que Deus determinou
          que aconteça. Sabemos, mediante a profecia, que esta época,
          a exemplo das que a antecederam, terminará com uma plena
          demonstração do fracasso humano? Sabemos que haverá uma
          universal rejeição da verdade, uma apostasia geral? Sabemos
          que o anticristo se manifestará e conseguirá enganar o mundo
          inteiro? Sabemos que a carreira do anticristo será interrompida
          pela volta do Filho de Deus,  o qual também porá termo  às
   85   86   87   88   89   90   91   92   93   94   95