Page 172 - O vilarejo das flores
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—Não precisa ir, se não quiser. Mas na terra seria mais rápido que
        aqui. Você só precisa perdoar, amar a todos e ter fé.

               Diante da postura hesitante de Aimeé, Tobias disse:
        —Pense. Depois dê-me a resposta. Agora te levarei a sua ala.
               Aimeé voltou a seu aposento e ficou a refletir sobre a proposta
        de Tobias. Queria muito ajudar Sancler, mas Bibiana não estava em

        seus planos. Ainda guardava um pouco de mágoa do que ela tinha
        feito. Perguntava-se no que teria errado com Bibiana. Sempre fora
        muito generosa e amiga e essa traição a assustava. Se quando eram
        amigas aconteceu isso, imagina agora que iriam se encontrar no

        meio do caminho.
        —Pois é. A evolução de um depende do outro. Perdoar é divino.
               Aimeé ouviu alguém falar, mas não tinha ninguém na sua
        ala. Olhou em volta assustada.

        —Olá! – Disse ela – Quem está aí?
        —Eu. - Disse simplesmente.
        —Eu quem? Não vejo ninguém.
        —Não vai ver ninguém mesmo.

        —Mas como te ouço então?
        —Sabe àquela história da vibração? Bem, estou aqui, mas você não
        pode me ver.
        —Ah! Entendo. Então porque você veio? Se não posso te ver, fica

        difícil conversar.
        —Mesmo? Às vezes é melhor do que se eu estivesse pessoalmente.
        Imagina você na Terra e eu te auxiliando na sua missão?
        —Nossa! Acho que seria mais fácil. Eu não estaria sozinha.

        —Você nunca está sozinha, mesmo que não veja ninguém a seu lado.
        —Nossa! Quem é você?
        —Quem?  Não é importante agora. Basta você saber que se for para
        a Terra, poderá contar com a minha ajuda e orientação.

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