Page 168 - O vilarejo das flores
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Aimeé pode vê-la melhor, parecia sua antiga amiga, mas de forma
        diferente. Diante do silêncio dela, Aimeé disse:

        —O que te trouxe aqui, moça?
        —Eu – hesitou a menina insegura - eu queria saber se eu vou me
        casar com o meu namorado?
        —Por que não casaria?

        —Bem, meus pais não gostam dele porque ele é pobre e não tem
        nem dinheiro para estudar direito. É uma boa pessoa, mas eu tenho
        dúvidas se continuo namorando ele.
        —Se  vocês  se  gostam,  não  vejo  motivo  para  se  preocupar. Basta

        confiar em Deus e tudo ficará bem. Ajude-o a prosperar e vocês
        serão muito felizes.
        —Mas eu não sei se quero, eu gosto dele, mas tenho muitas dúvidas.
        Ele é meio devagar. Eu quero uma coisa, ele quer outra. Será que vai

        dar certo?
        —Confie mais e você verá que essa dúvida cessará. Tome um banho
        de rosa branca para limpar a mente e se acalmar. Vá em paz!
               A menina agradeceu e saiu da sala. Logo depois entrou o

        rapaz que Aimeé conhecia com Sancler. Sentou e disse:
        —Estou com problemas para estudar. Passei agora para o 2º grau para
        um excelente colégio com bolsa integral, mas não consigo dinheiro
        para o material e o uniforme. Já procurei emprego em tudo que é

        lugar, mas dizem que sou muito novo para trabalhar. O que faço?
        —Eu vou te ajudar. Tenha fé e te arrumarei emprego para custear
        seus estudos. – Aimeé concentrou-se com a mão fechada. Ao abri-
        la  tinha  exatamente a  quantia  em  dinheiro  que  ele  precisava  e

        continuou- Isso aqui é para te ajudar nos primeiros gastos.
        —Poxa! Muito obrigada.
        —Você vai sair daqui e procurar emprego e eu vou te guiar para o
        lugar certo.

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