Page 164 - O vilarejo das flores
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—A amizade por você.
—A amizade...por mim? – Gaguejou Aimeé.
—Está na hora de voltar. Depois conversaremos mais.
Ambos fecharam os olhos e retornaram à sala branca. Tobias
conduziu Aimeé a seus aposentos novamente e está o deteve.
—Tobias, por favor? Conte-me o que aconteceu. – Pediu Aimeé
angustiada.
—Vamos nos sentar.
Aimeé concordou e os dois saíram da sala e Tobias a levou
num jardim onde sentaram-se num banco. Aimeé, quando viu o
jardim, quis perguntar de onde ele teria surgido, já que nunca o
tinha visto. Mas deixou isso para depois, no momento queria saber
de Sancler e Bibiana. Tobias sentou-se e disse:
—Quando você morreu, afetou gravemente muitas pessoas. Àquelas
que tinham uma fé sólida em tudo que você tinha dito, caíram em
descrença. Sancler e Bibiana foram algumas dessas pessoas.
—Mas você disse que eles ficaram juntos pela amizade que tinham
por mim?
—Sancler te amava muito, mas nunca disse, pois ele sabia que da
sua parte era somente amizade. Ele tinha uma fé inabalável em tudo
o que você dizia e sempre seguiu tudo. Pela família que ele tinha,
Sancler poderia ter se perdido logo no começo de sua vida. Mas você
o ajudou e ele se tornou um mercador nato. Nem a mãe dele o atingia,
por causa da fé que ele tinha em você. Quando ele viu sua morte,
nada mais fez sentido para ele. Rebelou-se contra Deus e contra
todos. Perdeu clientes, passou a fazer maus negócios, entregou-se ao
álcool e aos prazeres carnais.
—Não pode ser! Por minha culpa ele ficou desse jeito. – Disse Aimeé
desolada.
—Não diga isso! A culpa não foi sua. Ele poderia ter dirigido as coisas
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