Page 159 - O vilarejo das flores
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Aimeé fechou os olhos e inspirou fundo, quando os abriu novamente,
estava na sala branca com Sarah e Tobias a aguardava. Sentia-se
cansada e exausta.
—Fez um ótimo trabalho, Aimeé. – Disse Sarah com a mesma
expressão serena- Agora descanse.
—Obrigada Sarah. – Disse Tobias conduzindo Aimeé para a porta-
Como está se sentindo?
—Cansada, sem forças. – Disse Aimeé.
—A experiência de incorporação pode ser muito cansativa nas
primeiras vezes. Você foi muito bem. Agora vou deixá-la descansar.
—Obrigada Tobias. – Aimeé deitou-se na maca e desmaiou.
Mais tarde, já refeita, Aimeé voltou aos afazeres, mas o jardim
e os animais não estavam mais no mesmo lugar. Ouviu passos e
virou-se para olhar quem era. Para sua surpresa, era seu pai, Zaquiel.
—Pai! -correu na direção dele e o abraçou – Perdoe-me por tudo, eu
não q...
—Querida! - Interrompeu Zaquiel emocionado- Quem tem que
pedir perdão, sou eu. Não deixei você tomar suas decisões, por
julgar que você não soubesse o que faz. Afastei-te de mim, quando
na verdade queria ter você por perto e que continuasse a ser àquela
menininha meiga de sempre. Deus! Como estraguei tudo.
—Não se preocupe pai. Agora está tudo bem. – Acalmou Aimeé.
—Não. Não está. Você está presa aqui e eu não posso estar com você
e nem sua mãe. –Lamentava Zaquiel.
—Pai. Não fique triste. Lembre-se que devemos manter nossa
vibração equilibrada.
—É verdade filha. Desculpe-me.
—Como conseguiu permissão para vir aqui?
—Te procurei por todo lugar e me disseram que estava aqui. Fiquei
um ano pedindo permissão para vê-la. Quando recebi, vim correndo
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