Page 158 - O vilarejo das flores
P. 158
você escreve.
Rapidamente a outra mulher que estava na sala arrumou
caneta e papel.
—Eu perdoo meu pai, por tudo que carece de perdão. – dizia Aimeé
—Agora estou livre para viver minha vida e sigo livremente meu
caminho, pois Deus sempre me coloca nos melhores caminhos. Diga
isso três vezes ao dia por 21 dias. Se a raiva não sumir, faz mais 21
dias. A raiva e a insegurança precisam sumir. Viu, moça? Vai arrumar
algo para fazer e trate muito bem seu filho e do seu marido. Se ele te
trair é porque nunca foi seu.
—Obrigada ciganinha!
A moça saiu chorando agradecida e um homem entrou.
Reclamou que estava sem trabalho há muito tempo e que não
encontrava nada. Quando Aimeé lhe perguntou qual trabalho
queria, ele disse que queria um que ganhasse muito dinheiro.
Aimeé argumentou com ele:
—Você só quer um emprego que ganhe um alto salário?
—No meu emprego antigo, eu ganhava muito bem, mas tive uns
problemas e me mandaram embora. Quero outro que mantenha
meu padrão de vida.
—Pelo que sei, te mandaram embora porque você desviou dinheiro.
Para não fazerem coisa pior, te mandaram para a rua. Agora você
precisa conquistar o prestígio que tinha, mas com honestidade.
—Mas...
—Se quiser trabalhar por outros meios, está pedindo ajuda no lugar
errado.
O homem entendeu e retirou-se. Depois deste, entrou outro
e mais outro, cada um com seus problemas. Aimeé, pacientemente,
atendeu a cada um. Depois de 10 horas de consultas, Aimeé estava
exausta e ouviu Sarah: hora de retornar. Agradeça e despeça-se.
157