Page 201 - O vilarejo das flores
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—Briana, acalme-se! - Ariadne estava impaciente e ela não parava de
        berrar insultos.

        —Você roubou o meu marido! – Briana gritou histérica.
        —Você roubou o meu primeiro! - Replicou Ariadne.
        —Está louca! Que história é essa? Nem te conheço! - Berrou Briana
        —Mas eu te conheço Briana. Você pode chamar de outra vida,

        reencarnação, memória celular, como quiser! Mas eu estou aqui, não
        para te acusar, mas para te ajudar. Você se esconde por baixo desse
        orgulho, mas aí tem uma garotinha pedindo socorro e atenção dos
        pais.

        —O QUE VOCÊ SABE DOS MEUS PAIS? SUA RIDÍCULA! –
        Berrava Briana com a raiva estampada nos olhos.
        —Você que é ridícula! – Gritou Ariadne perdendo a calma –
        Esconda-se no seu mundo Briana!  Você só vai conseguir ficar

        sozinha e complexada.
        -—AIA DAQUI! SAIA!
               Ariadne virou as costas e saiu batendo os pés.
               Depois de algumas horas Ariadne chegou ao apartamento de

        Saulo e depois que ela contou o que houve, ele disse:
        —Por isso eu não queria que você fosse. Você perdeu a calma. Não
        pode. Nós estamos tentando fazê-la entender.
        —Eu sei, mas ela me deixou com raiva. Volto depois que eu estiver

        melhor. Ela me deixou muito chateada. Como ela está transtornada!
        —Disse ela chateada consigo mesmo.
        —Está com ciúmes, raiva, orgulho ferido. Tudo isso leva o homem a
        ruína. Amanhã eu irei falar com ela.

               Ariadne tentou transformar a raiva que sentia. Estava muito
        difícil, pois deixou-se levar de novo. Estava envergonhada. No dia
        seguinte, Saulo foi ver Briana.
        —Saia daqui seu traidor! – Vociferava ela.

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