Page 202 - O vilarejo das flores
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—Briana, eu só quero te ajudar. Assim você vai fazer mal ao nosso
        filho.

        —Não é seu filho. É meu!
        —Briana, Ariadne e eu só queremos te ajudar. Você é muito
        orgulhosa. Pense!
        —Meus pais vão me ajudar.

        —Vão te ajudar? Eles nem criaram você? Vão criar essa criança
        para ser um produto do que eles querem. Briana compreenda. Seja
        tolerante e acalme-se. Eu tenho algo para fazer, Ariadne está me
        ajudando. Mas queremos te ajudar também. Insisto para que pense.

        —Não quero saber de nada! – Gritava Briana histérica tapando os
        ouvidos – só quero que me deixem em paz!
               Briana subiu as escadas depressa. No meio do caminho,
        sentiu-se mal e sentou-se no degrau. Saulo subiu num pulo e a levou

        para o quarto. Fez uma manipulação nela para melhorar seu estado
        e depois de uns minutos ela se recompôs.
        -Briana, ouça-me, essa criança está sofrendo por sua causa.
        Reconsidere!

        —Saia daqui! – Dizia ela chorando.
               Saulo sentou-se na sua antiga cama e viu uma ultrassonografia
        na mesinha de cabeceira. Ele pegou e abriu. Chorando e rindo disse:
        —É uma menina! Uma menininha!

               Briana chorou também.
        —Eu quero dar o nome de Sulamita. – Disse Briana chorando.
        —Lindo nome! – Disse ele limpando as lágrimas – Viu? Deus nos
        deu um milagre. Vamos nos unir e cuidar desta criança com amor.

        Não com amor de marido e mulher, mas com amor de pai e mãe.
               Briana chorava muito e virou o rosto para o outro lado. Ele
        levantou-se e saiu. Briana não queria aceitar.
               Em casa, Ariadne chegou para ele e disse que iria a casa dela

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