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Escrevo este pequeno capítulo para esclarecer aos leito-
res alguns pontos importantes acerca do livro que está
em suas mãos. Sinto que ele se faz necessário, pois é in-
teressante ressaltar certos fatos ligados à sua produção.
Esta obra é chamada de Discursos Diretos por uma ra-
zão: todos os depoimentos aqui transcritos foram escri-
tos por pessoas que contribuíram com a produção des-
te trabalho. Eu não quero mudar o jeito como elas se
expressaram comigo. No entanto, para facilitar a sua
leitura, alguns desvios e equívocos de escrita – que não
prejudicam o sentido do discurso – foram alterados por
mim.
Todos os depoimentos reproduzidos foram, como dito,
escritos por outras pessoas; portanto, não expressam
a minha opinião sobre nenhum dos fatos expostos. Eu
apenas dei a algumas pessoas a chance de exporem o
Uma nota que sentem.
da autora Os textos não conversam entre si. São relatos indepen-
dentes de pessoas que não se conhecem, mas que têm
algo em comum: todas se sensibilizaram com o tema
desta pesquisa.
Devo esclarecer que não sou muçulmana e não posso
dizer que sinto o que um muçulmano sente; no entanto,
a ideia deste livro é dar voz a pessoas do mundo inteiro
para que pudessem externar alguns de seus pensamen-
tos e sonhos.
Eu não compreendo o que é o Islam com propriedade,
pois não sou praticante da fé islâmica, mas isso não quer
dizer que não posso me compadecer de quem o faz. Eu
tento compreender, dentro de meus limites, o que o
povo muçulmano vive, e acredito que a melhor maneira
de apoiar a luta de alguém quando você não faz parte
dela é contribuir para que as pessoas envolvidas sejam
ouvidas.
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