Page 84 - memorias
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Já sabemos o que somos e aonde vamos. Pensemos que na humanidade ‘ha
  virtude;  que  no  desinteresse  há  mérito;  que  o  espírito  da  justiça  engendra  a
  confiança;  que  o  espírito  da  cooperação  exige  reciprocidade  e  que  o  desejo  de
  progresso merece oportunidade.
          Os homens verdadeiramente fortes não ignoram que desconhecem todas as
  forças que se opõem a seus  projetos, mas combatem contra aquelas que conhecem
  com tanto valor como se houvessem outras e triunfam muitas vezes.
           Vivamos com e para a Razão ! A Razão, a filha mais velha da inteligência,
   deve  sentar-se  no  umbral  de  nossa  moral  depois  de  ter  aberto  as  portas
   subterrâneas detrás das quais descansam prisioneiras  as forças vivas e instintivas
   de nosso ser.
           Não  chegaremos  a  ser  eficazmente  generosos;  não  chegaremos  a  ser
   deveras  humildes  senão  quando  tivermos  de  nós  mesmos  um  sentimento  claro,
   confiante  e  pacífico.Podemos  sacrificar  a  este  fim  a  própria  paixão  do
   sacrificio;porque o sacrifício não deve ser um meio de enobrecer-nos, mas o sinal
   de nosso enobrecimento.
            Não  reconhecemos fronteiras  nem  hierarquias  na  prática  da  virtude.Não
   devemos parar, porque a vida sã e forte só se logra pela atividade e exercício. Só o
   estudo  pode  libertar-nos  de  muitas  debilidades  e  de  muitas  vergonhas.  Se  a
   preguiça  nos  invade  devemos  criar  novos  hábitos  para                    abrir-nos  novos
   horizontes,para adiantar-nos um passo a mais no caminho do saber, para afastar-
   nos da ignorância e para salvar-nos do vício.
            A  abelha  que  tem  fome  encontra  o  mel  oculto  nas  mais  profundas
   cavernas;  e a alma  que  chora, definitivamente,  percebe  a  alegria  que se esconde
    no  retiro ou  no silêncio mais  impenetrável.  O  reino de  nosso coração, no qual se
    colhe a subtâsncia essencial da vida,  não tem economias  inúteis.  Seria preferível
    não  faze  nele  as  coisas  pela  metade,pois,  certamente,  sempre  perdemos  quando
    não nos atrevemos a arriscar.
            Mais do que nunca a Maçonaria exige que a conheçamos e examinemos e
    para consegui-lo,nenhum veículo será melhor do que o livro, que através de todas
    as muralhas, tanto morais como espirituais, consegue infiltrar seu pensamento até
    no  mais  escondido  do  homem,  e  faz  ali  sua  obra,  lenta  às  vezes,  mas  sempre
    segura.  O  estudo  da  Maçonaria  certamente  reconfortará  nosso  espírito,
    revigorará nossa alma e levantará nosso coração , mergulhado no angustioso mar
    de inquietude e da  incerteza, ão , mergulhado no angustioso  mar de inquietude e
    da  incerteza,  asguemos  o  véu  das  trevas  e  desfrutemos  da  esplendorosa  luz  da
    Verdade e do calor que prioporcionam seus raios majestosos.

            Pode-se  existir  sem  refletir  mas  não  se  pode  refletir  sem  viver.Façamos
    Maçonaria  Irmãos!




             Almir L. Almeida  (É o Segundo Vigilante da Loja Lauro Sodré 1445)
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