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A menina que não podia respirar


                                                                  Era uma vez

                                                    Uma casa onde as paredes podiam falar,
                                                        Lá vivia uma menina desorientada

                  CONTATOS                               Sem ninguém para conversar.
                     Endereço                                                                            Beatriz Marques n.º 4 10.º AV1
             Rua Rodrigo da Fonseca, 115                 A menina falava com a parede,
                 1099-069 Lisboa
                                                        Era em quem ela podia confiar,
                       Fax
                   21 386 39 85                           Pois não tinha mais ninguém
                      Telefone                          Com quem a sua vida partilhar.
                    21 384 19 10
                    21 384 19 18
                      E-mail                                   Um dia a menina confessou

                direcao@esmavc.edu.pt                           que já não podia respirar,
                                                          Porque guardava os seus sentimentos
                  Edição e paginação
                   Paulo Braumann                             À espera de os poder libertar.
                      Revisão
           Paulo Braumann  e Fernanda Peixoto
                                                               Sentia-se fraca e assustada,
                                                         E temia que eles a pudessem aprisionar,
                Corações unidos
                                                                 Num tremendo pesadelo
                                                             De que não sabia como acordar.

                                                                 A criança cresceu assim
                                                                 Sem os tentar enfrentar,
                                                                   À espera de um dia,
                                                               Finalmente, os poder soltar.

                                                                   Aguentou toda a dor,

                                                       Até ao momento em que deixou de os negar,

                                                              Porque os medos e os perigos
                                                              Não paravam de a atormentar.
             Isto é arte e apenas arte
                                                            Chegou, inesperadamente, o tal dia

                                                               Em que os conseguiu largar.

                                                           Enfim, não há pessoa mais corajosa
                                                       Do que aquela que os consegue abandonar!

                                                             Se agora perguntarem à parede

                                                               Onde a menina poderá estar,

                                                                      Ela dirá então
                                                          Que conseguiu do pesadelo se libertar!


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