Page 24 - ICL - AGOSTO / SETEMBRO
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gestão de pessoas



               Outro aspecto central está na formação das lideranças. Muitos ges-


               tores foram treinados para oferecer respostas, e não para escutar


               ativamente. “O primeiro desafio é a cultura do ‘saber tudo’. Supe-

               rar isso exige coragem institucional e preparo para escutar com


               empatia, sem defesa”, afirma Aere.































               Ambiente seguro





               O impacto direto da escuta ativa na retenção de talentos e no en-


               gajamento das equipes mostra que a prática não é apenas sinal de

               boa convivência: é também uma escolha estratégica. Além disso,


               permite identificar gargalos operacionais com mais agilidade, re-


               duzir retrabalhos e ajustar processos com base na realidade vivida

               por quem está na linha de frente das atividades.





               Para apoiar esse processo, empresas têm investido em múltiplas fren-

               tes: de canais anônimos de escuta e rodas de conversa a avalia ções


               contínuas e grupos focais, passando também pela análise cruzada

               de dados de desempenho, rotatividade e clima. Essas práticas permi-


               tem identificar padrões de comportamento, mapear expectativas


               não atendidas e detectar sinais de insatisfação antes que se tornem

               problemas maiores. A combinação de diferentes instrumentos amplia


               a compreensão do que realmente afeta o dia a dia das equipes e


               oferece subsídios mais precisos para ações de melhoria.




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