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Estrelas

                  Há dois mil anos atrás, a estrela mãe completa um
               quinquilhão de anos, criando para ela como um presente de
               aniversário, um ajudante, chamado Deneb, já nascido moço e
               já sabendo falar, andar, fazer tudo que um ser humano sabe
               fazer, compreendendo e ajudando sua rainha.
                  Passando se mil anos, nasce a filha na estrela mãe, fruto de

               um amor entre a estrela mãe e os raios do sol, e com forma
               humana, era uma linda menina.
                  Como  a  estrela  mãe  já  havia  perdido  sua  forma  humana
               a muito tempo, ela decidiu promover seu ajudante para
               guardião da futura estrela princesa do céu, Estelar
                  Ele cuidou dela desde que nasceu, entretanto não fez um
               papel de pai, pois ele não gostaria de ter sentimentos pela
               menina, nenhum tipo de sentimento, somente orientando-a
               sobre o que fazer ou não.
                  Estela, podemos dizer que não teve o amor de pai e de mãe,
               a mãe nunca aparecia de dia, só no finalzinho de tarde, que foi

               onde os últimos raios de sol ficavam, e onde surgiu o conexão
               entre seus pais, e no restante da noite, que mandava estrelas
               cadentes como uma forma de alegrar a pequena Estelar. Já o
               pai, ficava todo tempo fazendo o seu trabalho de raios de sol,
               não tinha sequer um segundo para sua filha.
                  Deneb percebia isso dos pais de Estelar, só que ele, era um
               cara um pouco frio, só obedecia ordens, e prometeu a sua
               rainha que nunca a desobedeceria, mas mal sabia ele que
               isso seria chave para a porta de um coração completamente

               partido.
                  Estelar era uma criança ativa, parecia um vulcão
               tectonicamente ativo, tudo que ela não sabia, ela fazia
               questão de querer saber, até o mais impossível de se
               responder, e Deneb, nessas horas, sempre usava a fala:
                  — Porque…Porque sim!
                  — Mas isso não é resposta. Disse Estelar.
                  — A partir do momento que eu responder a sua pergunta,
               será  uma  resposta,  independente  do  que  foi  o  que  eu  te
               respondi, e agora por favor, não teime mais comigo.
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