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Estrelas

                  — Tá, tá, senhor inteligente, agora depois da sua incrível
               resposta, quer um rayban e uma plaquinha escrito “frio e
               calculista”?
                  — Não, não será preciso, só me deixa em paz papagaio
               ambulante.
                  É, deu para perceber que não era nem um pouco fácil, mas,
               eles se davam bem até, Deneb não exigia muito dela, pois ele
               entendia a parte da falta de dois seres que fariam os papéis de
               mãe e pai.
                  Estelar foi crescendo, e já teria passado a fase 1, e estaria na

               metade da fase 2 da sua vida, que foi onde conheceu Pólen,
               um pequeno filhote cachorrinho voador, com pelagem de cor
               de abelha, e adorava flores, na floresta onde Deneb e Estelar
               moravam, Pólen transportava pólen, de uma flor para outra,
               só que ele, como um cachorrinho sapeca, adorava comer os
               pólens, e foi assim que originou o seu nome.
                  Uma pena que o ciclo desses peculiares cachorrinhos
               voadores,  eram  curtas,  pois  eles  se  reproduziam  muito,  e  para
               não sair do equilíbrio com milhões e milhões desses bichinhos,
               eles não duravam muito, e quando um morria, outro já nascia,
               não  do  mesmo  bicho,  é  claro,  porém  o  tempo  entre  os  dois
               ocorridos correspondia.
                  Bom, agora que a vida era a três, a responsabilidade de Deneb
               aumentou, de três, valia por cinco, a personalidade de Estelar e
               Pólen eram as mesmas.
                  Uma vez, no final da tarde, Estelar, observando a primeira
               estrela aparecer no céu, que era a sua mãe, disse a Deneb:
                  — Deneb, eu sou a mesma “coisa” que você, né ?
                  — Espécie, você quis dizer, e sim, você é.
                  Estelar suspira aliviada, e diz:
                  — Bom, já que eu sou, eu não preciso me preocupar em te
               perder, né?
                  Deneb, olha para Estelar, como se algo, tivesse fincado em seu
               coração, uma simples pergunta, soou como leve vento em seus
               ouvidos, mas que levou tudo o que tinha ali.
                  —  Por que essa preocupação? –Disse Deneb olhando
               diretamente a seus olhos
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