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Estrelas

                  Rapidamente Estelar pulou na água, e viu Deneb afundando.
                  Nadou rapidamente e Deneb não reagiu.
                  Logo nadou para a beira do lago, deitando Deneb na areia.
                  — Deneb por favor responde!
                  Disse Estelar colocando a mão sobre o rosto dele.
                  — Oh não, isso é tudo culpa minha, o que eu fui fazer.
                  Ela deitou sobre seus braços, quando Deneb tossiu e disse:
                  — Achei que você não fosse me salvar.
                  — Deneb!
                  Deneb  levantou um pouco,  e  Estelar  olhou  diretamente  no  fundo  de
               seus olhos verdes.
                  *Silêncio*
                  Estelar, levemente envergonhada, levantou e disse:
                  — Sem graça, fez eu molhar minha roupa.
                  — Só quis te testar mesmo.
                  — O que? Você tem noção do que você fez ?
                  — Tenho sim, fiz você molhar sua roupa.
                  — Eu posso ser chata, um papagaio ambulante, uma mimada, e tudo
               mais, mas eu me preocupo e tenho sentimentos, tá?
                  — É, eu percebi.
                  — Obrigada, eu sei que você me compreende.
                  Os dois sorriram um para o outro, Pólen só observava, e para dar um
               toque final, assoprou pétalas de flores lilás, uma das mais cherosas e
               leves do jardim.
                  Eles se despediram de Pólen, e foram a caminho da floresta, que não
               era longe dali.
                  Chegaram na sua pequena casa na árvore, que era somente da Estelar.
                  — Boa noite.
                  — Boa noite, e obrigada por hoje.
                  — De nada, mas o que eu fiz?
                  — Você sempre está ao meu lado, cuidando de mim, me fazendo
               companhia, apesar das certas respostas que você dá de vez em quando,
               você é importante pra mim.
                  Deneb se aproximou, e disse:
                  — Não precisa ser tão legal assim.
                  Deneb levantou sua mão, pegou a mão de Estelar e a entregou uma
               pequena flor, inexplicávelmente linda, suas pétalas brilhavam, o aroma
               era tão leve quanto uma pena, e em seu miolo, havia um monte de pólens,
               mas eram azuis, tão azul quanto o céu, era inexplicável.
                  — Como…
                  — Não me pergunte, eu achei a sua cara, guarda ela para você.
                  Deneb fecha a mão de Estelar, e sai da casa da árvore.
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