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Estrelas
— Porque, se minha mãe é uma estrela, e meu pai, é outro caso
complicado também, eu achei que eu podia ser uma estrela ou algo do
tipo, mas ainda bem que eu não sou. Disse Estelar, com um sorrisinho
no rosto.
— Deneb vira o seu rosto, ainda completamente comovido com a
pergunta que escutou, olha para a estrela mãe lá longe, e pensa:
— Não posso dizer a verdade agora para ela, ela não vai aceitar, e
seu disser agora, tudo pode piorar, eu não sei se ela aceitaria isso numa
boa, então pelos meus cálculos, não falarei nada sobre esse assunto
por enquanto, espero que eu esteja certo do que eu estou fazendo.
— Deneb?
Nesta hora, um pequeno pólen cai sobre o nariz de Deneb, o que o
descontrai um pouco, e quando olha para cima:
— Zuup!
Pólen voa em torno de Deneb. Ele agarra pólen e diz:
— Tô começando a gostar de você carinha.
Jogando ele para o ar fazendo o rodopiar, e riu
— Vamos agora, estou começando a ficar com sono.
Disse Deneb.
Estelar pega pólen no colo, Deneb levanta e eles seguem para sua
floresta.
Estelar, enfim, chega a sua adolescência, a terceira etapa de sua
vida, e podemos dizer uns dezesseis quase para dezessete anos
Seu humor mudou um pouco, ela ficou mais séria, mas não tanto, um
restinho de criança ainda ficou.
Ela tinha uma dúvida que só depois de tanto tempo que ela foi
perceber, e perguntou:
— Ei, Deneb, você não envelhece não?
— Digamos que não, não sou como você que cada dia fica mais
velha.
— Nossa, como você é seco, me poupe.
— Sou oceano por acaso pra ser molhado?
— Tanto faz. Disse Estelar respirando fundo.
— Mas me diz uma coisa, desde que eu nasci, você sempre foi do
mesmo jeito, parece que nem um fio de cabelo seu caiu.
— Bom, isso eu já não te garanto, mas digamos que eu posso ter a
mesma idade que você.
— Isso não.
— Bem eu vou te explicar. Disse Deneb.
Eles estavam do outro lado da floresta, onde tinha um grande lago, e
para voltar, teriam que pegar um barco, e eles acabaram de embarcar.
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