Page 287 - Girassóis, Ipês e Junquilhos Amarelos - 13.11.2020 com mais imagens redefinidas para PDF-7
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A chegada de Loop e Mahoo, neste mundo de flores amarelas, foi um sinal de
que sua existência estava prestes a se definir nas realidades que sua
consciência estruturara para as experiências a serem vividas na matéria.
Ele conseguia entender isso com clareza, mas os próximos acontecimentos a
serem escolhidos dentre as possibilidades potenciais ainda estavam
escondidos.
Sentia-se calmo e com uma lucidez espantosa, rara para o momento que
estava vivendo. Via, ao redor, Victor e Isabeau e percebia-os apenas em parte,
como se o outro lado deles, aquele das almas que certamente tinham asas
enormes, insistisse em permanecer oculto à sua percepção.
Mas havia Jacques e León Tiithee com suas auras permanentemente
douradas, sinal seguro de espíritos elevados embora muito impregnados pela
materialidade e pela praticidade, porque ambos eram consciências
encarregadas dos cuidados físicos com aqueles que os rodeavam.
E é claro, agora que Mahoo e Loop estavam ali com ele, travestidos em suas
formas humanas, tudo parecia mais vibrante e certamente mais divertido.
Olhava-os se movimentando entre os outros e podia perceber pequenos
deslizes, como se fossem mínimas ranhuras nas fantasias humanas pelas quais
vazavam vestígios da sua índole mais verdadeira e pura. Como pequenas
pistas da sua natureza mais íntima que teimavam em se mostrar por baixo
das personalidades de Rosário e Hakan com as quais eles se apresentavam ao
mundo.
Cesar percebia coisinhas furtivas, vestígios das essências do puma e da raposa.
Pistas da sua verdadeira natureza que teimavam em ficar visíveis apenas para
ele que tinha olhos para vê-las. Às vezes na forma de uma pontinha de uma
cauda peluda a se insinuar por baixo das vestimentas e que era escondida tão
logo notada, ou um pedacinho de uma orelha que se erguia, atenta, por baixo
das cabeleiras, só para ser rapidamente disfarçada, ou a atenção dos olhares