Page 56 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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colocou  suas  mesas  do  lado  de  fora,  os  clientes  bebendo  suas  cervejas  e

                uísques na calçada.
                  O  proprietário  do  bar  –  um  homem  careca  e  corpulento  chamado  Joe
                Fielding – faz uma pausa no ato de recolher os copos vazios.

                  –  Boa  tarde,  Sr.  Fisk  –  ele  diz  respeitosamente.  As  pessoas  por  ali  são
                sempre educadas com Fisk. Mesmo que não paguem proteção para a máfia,

                eles sabem para quem ele trabalha.
                  Fisk para de andar. Larks para alguns passos atrás, atento ao arredor.

                  – Joe – diz Fisk –, como estão as coisas?
                  Joe olha em volta para se certificar de que ninguém está ouvindo.

                  – Não tão boas. O bar foi roubado de novo algumas noites atrás.
                  Larks observa Fisk fingindo surpresa.
                  – Sinto muito por ouvir isso.

                  Joe assente.
                  – Me limparam completamente – ele diz, com um tom infeliz.

                  – E os seus amigos?
                  Seus amigos. A Tríade.

                  – Nada. Eles nem têm aparecido por aqui.
                  Fisk balança a cabeça.

                  – Você não receberia esse tipo de tratamento de mim, Joe. Eu sou daqui.
                Eu cuido do meu pessoal.
                  E  é  por  isso  que  Spilotro  escolheu  Fisk,  para  começo  de  conversa.  Ele

                queria alguém que conhecesse a área. Que tinha as ruas da Cozinha em seu
                sangue.

                  – Você está indo ver os Brennans? – pergunta Joe.
                  –  Estou.  –  Fisk  sorri,  todo  charme.  –  É  hora  de  nossa  conversinha

                semanal.
                  – Então não vou te segurar. – Joe hesita, e então se aproxima de Fisk. – O

                que você acha de a gente ter uma conversinha semanal? Talvez você possa
                passar aqui para tomar algo? Por conta da casa, é claro.
                  – Consideraria uma honra – diz Fisk. – Podemos conversar sobre esses

                roubos que você está sofrendo.
                  Joe sorri, aliviado.
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